
Professores da rede estadual de ensino de São Paulo realizarão um dia de greve, nesta sexta-feira (09/05). A assembleia está marcada para as 16h, na Praça da República, região central da capital paulista. O ato deve avaliar o andamento das negociações com a Seduc (Secretaria Estadual da Educação) e definir os próximos passos da mobilização.
A categoria reivindica reajuste salarial de, no mínimo, 6,27% (índice que atualiza o piso nacional do magistério), condições mais justas na atribuição de aulas, convocação imediata de 44 mil professores aprovados em concurso público, aceleração da climatização das escolas da rede e fornecimento de alimentação aos docentes.
O reajuste de 5% proposto pelo governo estadual é considerado insuficiente pela categoria, principalmente para os professores efetivos, que podem receber percentuais reais entre 0,6% e 0,8% devido ao modelo de complementação de bônus.
A mobilização resultou na publicação, no Diário Oficial, da criação de uma mesa permanente de negociação sobre a atribuição de aulas, uma das principais demandas dos profissionais neste início de ano letivo. A expectativa é mudar como o processo será conduzido em 2025. Apesar de o governo sinalizar a convocação de 15 mil docentes agora e mais 10 mil posteriormente, o número ainda é considerado insuficiente diante da demanda.
Na última segunda-feira (05/05), representantes da Apeoesp participaram de uma audiência de conciliação no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). O governo estadual solicitou prazo adicional de 20 dias para apresentar uma nova proposta à categoria.
Nesta quinta-feira (08/05), uma comitiva da Apeoesp e a deputada estadual Professora Bebel (PT), a qual é segunda presidenta do sindicato, deve ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para discutir a aplicação do piso nacional do magistério em São Paulo e o modelo de escola cívico-militar no estado, que aguarda julgamento após pedido de vista do ministro Flávio Dino.