Prefeitos do ABC e governador pedem intervenção da Enel ao TCU

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, juntamente com prefeitos do ABC — com exceção de Mauá — enviou uma carta ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando intervenção na concessão da Enel. Na reunião de terça-feira (15/10), ele pediu à União e à ANEEL medidas urgentes devido à queda no fornecimento de energia elétrica que afeta a região desde o temporal da última sexta-feira (11/10), que impactou cerca de 2,4 milhões de consumidores.

A carta ressalta que a Enel não cumpriu seu plano de contingência e não presta um serviço adequado, deixando aproximadamente meio milhão de consumidores sem energia três dias após o evento. Tarcísio enfatizou a importância da intervenção, citando que a qualidade do serviço está aquém do esperado e que a Enel não merece operar em São Paulo.

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Na reunião, participaram o ministro do TCU, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e representantes de outras 16 cidades. O ministro Augusto Nardes já investiga problemas semelhantes ocorridos em novembro do ano passado, quando mais de quatro milhões de consumidores foram afetados.

“Não é razoável essa situação. Está claro aos moradores, prefeitos e ao próprio governador, a ineficiência da Enel e a necessidade de imediata intervenção. A Enel é uma vergonha. Essa empresa não tem mais condições de operar no Estado de São Paulo. Por sugestão nossa, estamos exigindo a indenização a todos os consumidores, sejam eles industriais, comerciais ou residenciais, que foram afetados pela suspensão do fornecimento de energia, além da intervenção da concessão da Enel ou a caducidade do contrato em vigor”, frisou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, lembrando que a concessionária já foi denunciada em CPI da Assembleia Legislativa, sob relatoria da deputada e sua mulher Carla Morando. “A Enel vive da impunidade. Esperamos que o TCU possa varrer essa empresa daqui.”

O governo paulista também pediu aprimoramentos regulatórios para fortalecer a fiscalização da Arsesp sobre a Enel. Até o final da tarde de terça-feira, mais de 160 mil clientes ainda estavam sem energia na Grande São Paulo.