ABC - domingo , 16 de junho de 2024

Bolsas de NY fecham em queda, após PMI gerar dúvida sobre corte de juro e se contrapor à Nvidia

As bolsas de Nova York recuaram nesta quinta-feira (23/5), após a surpresa com a leitura de maio do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) gerar incertezas sobre o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. O cenário mitigou os efeitos da repercussão do balanço da Nvidia, cujos ganhos chegaram a bater 10% nas máximas do dia.

No fechamento, o índice Dow Jones recuou 1,53%, aos 39.065,26 pontos; o S&P 500 caiu 0,74%, aos 5.267,84 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,39%, aos 16.736,03 pontos.

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Nem mesmo o salto de 9,32% nas ações da Nvidia foram suficientes para sustentar os índices no azul, embora tenha elevado o Nasdaq a nova máxima intradiária.

A gigante dos semicondutores contribuiu para que o Nasdaq recuasse menos que os pares, após mais um balanço estonteante no primeiro trimestre, que renovou recorde de receita e elevou guidance para o trimestre atual.

Na contramão, as concorrentes diretas da companhia, AMD e Intel, recuaram 3,08% e 4,26%, conforme a gestora Navellier destaca que “a hegemonia da Nvidia é tão grande que nem é ameaçada pelos principais competidores”.

Mesmo assim, o setor de tecnologia foi o único dentre os 11 do S&P 500 a fechar no azul, enquanto setores mais sensíveis a juros – como o imobiliário e o financeiro – lideraram as perdas.

A alta dos retornos dos Treasuries nesta quinta também prejudicou os ganhos em Nova York, na esteira da leitura do PMI preliminar dos Estados Unidos mais forte do que o esperado, ao maior nível em 25 meses.

Logo após a divulgação dos dados, as bolsas se deterioraram e permaneceram com viés de baixa ao longo do dia, com o Nasdaq perdendo o fôlego gradativamente. Segundo a Pantheon, porém, os dados desta quinta devem se provar pontuais, e não indicar uma tendência de avanço.

A analista do City Index, Razan Hilal, escreve que a correção das bolsas americanas, após renovarem máximas de fechamento nos últimos dias, se deve à ata agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da quarta-feira, que reavivou temores por uma nova elevação de juros, e nesta quinta-feira foi impulsionada pela leitura do PMI.

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