ABC é o terceiro no ranking nacional de consumo com alta de 10,45%

Consumo cresceu no ABC chegando a R$ 44,7 mil por pessoa em 2023. (Foto: Banco de Dados)

O consumo em toda a região cresceu quase R$ 11,5 bilhões entre 2022 e 2023, aponta o boletim IPC Maps, elaborado pela IPC Marketing e Editora. O consumo total passou dos pouco mais de R$ 109 bilhões em 2022, quando o país se recuperava da crise econômica ocasionada pela pandemia da covid-19, para R$ 121 bilhões no ano passado, uma alta de 10,45%. Se o ABC fosse uma cidade só, ela seria a terceira colocada no ranking nacional de consumo, uma posição acima do verificado em 2022 quando estava em quarto lugar.

Apesar do aumento do consumo as sete cidades da região caíram no ranking nacional do estudo e apenas Santo André subiu da 6ª para a 4ª colocação se considerados apenas os municípios paulistas.

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Para Marcos Pazzini, sócio da editora e responsável pelo estudo, não há algo que destaque o ABC no mapa do consumo já que em geral todas as cidades tiveram uma queda no ranking também por conta dos novos dados populacionais divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao Censo de 2022. “Os dados do Censo impactaram nos domicílios e na participação do consumo. Também podemos notar que há uma tendência de interiorização do consumo, além da redução da população estimada nas cidades. O trabalho remoto mudou muita coisa, muitas pessoas que iam e vinham todos os dias para trabalhar na região metropolitana não fazem mais esse trajeto. Também a oportunidade de moradia mexe com o tamanho da população”, avalia.

Segundo Pazzini, apesar da redução da população com o novo Censo, o número de domicílios no ABC cresceu de 997 mil em maio de 2023 para mais de 1 milhão no fechamento do ano. “Isso quer dizer que a Construção Civil trabalhou bem, então temos números positivos. Eu não acredito que essa queda no ranking, que aconteceu de uma forma geral, não só no ABC, contribua para um clima negativo para investimentos na região. As cidades ganharam participação porque outras também sentiram o mesmo efeito”, aponta.

ABC é terceiro colocado no ranking nacional

Se o ABC fosse uma cidade seria a terceira colocada no ranking nacional de consumo, uma posição acima do verificado em 2022 quando estava em quarto lugar. Individualmente e considerando apenas o ranking nacional, seis cidades caíram. Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Caetano caíram vinte posições cada uma. Santo André, a melhor colocada, que estava em 10° caiu cinco posições. São Bernardo e Diadema caíram duas posições cada uma e Mauá manteve a 53ª colocação no cenário de consumo brasileiro.

O estudo IPC Maps, que seria divulgado em maio acabou antecipado para março por conta justamente das taxas populacionais e das previsões do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. “O IPC Maps é um produto que empresas e governos usam para planejamento. Fizemos em março primeiro porque, com a mudança de governo, havia certo receio dos setores produtivos sobre a gestão do presidente Lula, a previsão era de um PIB 0,9% maior, mas 2023 fechou em 2,9%, além disso tivemos o impacto da demografia, então nos vimos da obrigação de fazer esse estudo agora”, completa o responsável pelo levantamento.

Per Capita
O consumo per capita, ou por pessoa, no ABC fechou 2023 com R$ 44.771,24, se considerado só o urbano. Se considerado também o consumo rural a cifra passa de R$ 69,5 mil por pessoa. São Caetano é a que teve o maior consumo por pessoa, R$ 52.456,46. Em seguida vem Santo André com R$ 51.360,46 e São Bernardo vem em terceiro com R$ 44.477,93. Mauá e Ribeirão Pires, tiveram consumo maior do que Diadema e até Rio Grande da Serra por pouco também não a ultrapassa.

Veja os números do consumo na região e o comparativo com 2022:

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