Lucro da Petrobras em 2023 é segundo melhor da história da empresa

O lucro líquido da Petrobras em 2023, de R$ 124,6 bilhões, foi o segundo melhor da sua história, informou a estatal na noite desta quinta-feira, 7. Ainda assim, o resultado foi 33,8% inferior ao registrado em 2022. Segundo a empresa, essa queda está ligada à redução no preço internacional do petróleo.

De fato, o preço anual médio do barril tipo brent foi de US$ 82,62 em 2023, ante US$ 101,19 em 2022, uma queda de 18,4% que ajudou a esvaziar o resultado da companhia, encarado como “operacionalmente sólido” pelo mercado. No quarto trimestre, esse preço médio do Brent foi de US$ 84,05, 5,3% abaixo do verificado um ano antes e 3,1% menos que nos três meses imediatamente anteriores.

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Bom desempenho relativo

Segundo o diretor financeiro da estatal, Sérgio Caetano Leite, a Petrobras foi uma das petroleiras que melhor enfrentou esse cenário de redução dos preços internacionais.

“O ano de 2023 não foi igual a 2022. O Brent caiu 18% e “crackspread” do diesel 23%. Ainda assim, a Petrobras foi uma das empresas do setor que melhor enfrentou esse cenário. Nosso Ebitda foi impactado por essas quedas do Brent e do crackspread, mas em menor grau que as majors (outras petroleiras multinacionais). Compensamos as adversidades produzindo mais e com mais eficiência”, disse Leite ao Estadão/Broadcast.

O diretor disse que medidas recentes da atual gestão “sinalizam” a mudança de foco no curto prazo, pautado na maximização das margens da frente de exploração e produção, que marcou os últimos anos da estatal para uma “nova visão de longo prazo”.

Como exemplo, ele citou a troca do pagamento de dividendos em níveis muito acima das empresas pares pela priorização em investimentos que vão “perpetuar” o valor gerado pela companhia. “Estamos entre as empresas que mais cresceram produção em 2023 em relação às majors e com melhor índice de reposição de reservas. Isso se traduz em boas perspectivas de geração de valor futura”.

‘Lifting Cost’

Outra boa notícia do ponto de vista operacional foi a queda de 9% no custo de extração de petróleo (lifting cost) para US$ 5,52 por barril de óleo equivalente.

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