O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assumiu nesta sexta, 1º de dezembro, a presidência do Comitê Diretor da Coalizão Verde, uma aliança internacional que deve mobilizar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões para negócios e iniciativas de promoção do reflorestamento e desenvolvimento sustentável na Amazônia até 2030.
O compromisso foi formalizado em evento na COP28, em Dubai, entre o BNDES e 17 bancos públicos de fomento dos países da bacia amazônica, em parceria com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Corporação Andina de Fomento (CAF).
“Essa colaboração técnica e financeira permite soluções regionais e mecanismos mais ágeis e abrangentes para encontrar alternativas sustentáveis, de um ponto de vista socioambiental, para a diversa e plural população amazônica, nas cidades e na floresta. Esse é um grande legado que a América Latina pode proporcionar para o mundo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota do banco de fomento enviada à imprensa.
Mercadante presidirá a coalizão pelos próximos dois anos. O plano de trabalho do grupo foi apresentado nesta sexta, e os resultados serão levados à COP30, em novembro de 2025, em Belém, no Pará, onde a Coalizão foi lançada, durante a Cúpula da Amazônia.
De acordo com o BNDES, o plano de trabalho prevê quatro frentes de atuação: soluções inovadoras para mobilização de recursos (subvenções, empréstimos, mercados de capitais e esquemas de financiamento misto, etc.), identificação das necessidades e visões de desenvolvimento local para respaldar novas oportunidades de financiamento, criação de um laboratório de inovação financeira para elaborar produtos para a região e estabelecimento de um Marco Comum de Finanças Sustentáveis, adaptado ao território, para alocação eficaz e transparente de recursos.
Segundo Mercadante, o BNDES já identifica como desafios prioritários “a regularização de terras, a logística, o acesso à energia e à internet, a segurança, o saneamento, a necessidade de desenvolver o ecossistema empresarial e a falta de assistência técnica rural, bem como garantias e instrumentos de mitigação de riscos para atrair investimentos”.