Levantamento feito pela Fundação Procon-SP sobre a percepção do consumidor em relação a posturas discriminatórias durante um ato de consumo, foi respondido por 748 pessoas e, destas, 277 – ou 37,03% do total – afirmaram ter sido discriminadas em alguma situação de relação de consumo.
Dentre as que afirmaram ter percebido alguma atitude discriminatória, a maior parte declarou ter sido pela sua condição financeira – 102 pessoas ou 36,82%; por causa da raça/cor – 94 pessoas ou 33,94% dos respondentes e 8,66% – 24 pessoas – por serem mulheres. As causas apontadas pela discriminação sofrida são as mesmas constatas na edição dessa mesma consulta, realizada em fevereiro desse ano.
Em relação à cor, a pesquisa aponta que a maioria dos respondentes que alegaram discriminação, a soma de quem se declara preto ou pardo (54,15%) é a maioria (150 pessoas); da cor branca (119 dos 277 discriminados), o que representa 42,96%, seguidos pela amarela 1,81% (5) e indígena 1,08% (3).
Por outro lado, quando os grupos que se declaram pretos (82 pessoas, 29,60%) e pardos (68 pessoas, 24,55%) são separados, percebe-se que a maioria dos respondentes é da cor branca (42,96%). Isto pode significar, segundo os especialistas do Procon-SP, que aqueles grupos não estão acessando os canais do órgão de defesa do consumidor na mesma proporção do grupo de consumidores brancos.
Estes resultados apontam para a necessidade de mais ações de conscientização sobre as ferramentas que estão disponíveis, para todos os grupos sociais as utilizarem na defesa de seus direitos relacionados às relações de consumo, de acordo com os especialistas do órgão de defesa do consumidor.