Após passar pelos seus 100 primeiros dias do terceiro mandato como deputado estadual, Luiz Fernando Teixeira (PT) viu o seu nome ser escolhido como pré-candidato a prefeito de São Bernardo. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (10/07), o petista falou sobre a busca de uma frente ampla de apoio para 2024, inclusive com a manutenção do PSB, mesmo após a filiação do deputado federal Marcelo Lima, visto como um dos nomes para a disputa do comando do Paço.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de ter o PSB ou não em seu arco de alianças, após a chegada de Lima, Luiz Fernando afirmou por repetidas vezes que a chegada do ex-vice-prefeito está “sub judice” e que conversas seguem para manter os socialistas no apoio, algo que já foi acertado com a direção municipal.
“Eu tenho conversado muito com o Márcio França, com a direção estadual do PSB, com meu amigo e colega de Assembleia (Legislativa) Caio França. Eu tenho dialogado muito para que o PSB ande conosco, corra conosco e que a gente possa sim trazer novamente São Bernardo para o futuro, para o caminho do bem e voltar a fazer o que a Prefeitura deve fazer que é cuidar de todo o povo de São Bernardo”, disse o petista.
Segundo Luiz Fernando, a filiação de Marcelo Lima ao PSB supostamente foi feita de “maneira errada”. Lembrando que o ato de migração do deputado federal ocorreu com as presenças de Márcio França e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em Brasília.
Enquanto segue com as conversas com os socialistas, Luiz Fernando já lista algumas legendas que estão no apoio de sua pré-candidatura como o PDT, os demais partidos da Federação (PV e PCdoB) e um partido de centro não revelado. Apesar das conversas com alguns de seus integrantes, o PSOL (em conjunto com a Rede Sustentabilidade) definiu que seguirá com um nome próprio para a disputa são-bernardense.
Alesp
Enquanto ainda há muito tempo para o início das convenções partidárias, Luiz Fernando busca apoio para projetos dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), entre eles, o Projeto Tigrinho que visa dar atividades esportivas para crianças no contraturno escolar.
“A lógica nossa é que o Estado entre nessa disputa. Nós estamos perdendo para a criminalidade e para as drogas as nossas crianças, os nossos jovens. Ou nós vamos entrar nessa disputa ou o crime organizado, que já vem ganhando, vai nos dar de goleada. Entendemos que nós ganhamos na segurança pública quando a gente forma uma geração melhor”, justificou o parlamentar.
Além disso, demonstrou seu descontentamento com a possibilidade de a Sabesp ser privatizada, algo colocado no plano de governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para Luiz Fernando, o governador está seguindo na contramão daqueles que estão reestatizando companhias de água e esgoto devido a má gerência da iniciativa privada neste setor.
Segundo levantamento feito pela Public Services e divulgado pela Folha de S. Paulo em outubro do ano passado, 226 empresas de saneamento foram reestatizadas em todo o mundo nos últimos anos por uma série de motivos, entre eles, fim de contrato ou desistência.
A expectativa é que o projeto que autoriza a privatização seja enviado ao Legislativo Estadual na volta do recesso.