Pedro Cia Jr., presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), defende a capacitação como imprescindível no mundo atual, em que estar inserido e consciente quanto as boas práticas da ESG é condição para a permanência no mercado.
Segundo o dirigente, há em Santo André 105 mil empresas que geram 200 mil empregos. Do total, somente 9% são de médio e grande porte, 51% são MEIs, 32% micro e 7% pequenas empresas, e todas precisam levar a capacitação aos próprios empreendedores e funcionários para alcançar perenidade.
A qualificação da mão de obra é, para Cia Jr., desafio para as empresas grandes e pequenas e micro, associações comerciais, poder público e até universidades.
Na visão do presidente da Acisa, importa saber aonde se quer chegar, qual o modelo de que a cidade precisa e qual a vocação da região. Buscar parcerias com as universidades e integrar todos os atores para que a capacitação chegue onde é necessária e estimule a inovação. “Temos um número grande de empresas que abrem e fecham, porque os empreendedores não se atualizam e não se adaptam às novas tendências”, afirma.
Pedro Cia pensa que o fato de Santo André ter um polo tecnológico facilita a cidade dar um passo à frente em relação a outras cidades da região. Acredita baseado na legislação do 5G, do acesso à Internet, que esse é um caminho sem volta para um mercado que vai crescer exponencialmente com a demanda. São empresas de alto valor agregado que não terão muitos funcionários, mas podem gerar boa receita para o município.
As mudanças no formato do trabalho com a pandemia é outro desafio que Pedro Cia Jr. vê em longo prazo, ao qual a CLT vai ter que amoldar. “Temos de gerar ferramentas para medir o desempenho do funcionário em home office”, diz, mas acredita que a própria legislação trabalhista tem de ser modernizada quanto a isso e que o home office não será 100% dos casos.