Após dois anos como presidente da Câmara de Diadema, Josa Queiroz (PT) deixará o cargo a partir do próximo ano e será substituído por Orlando Vitoriano (PT). Em entrevista ao RDtv, o petista falou sobre os processos de reforma interna no Legislativo e sobre os principais pontos que serão liderados pelo seu sucessor para completar o plano administrativo da Casa de Leis, principalmente visando um novo concurso público.
“Nós mexemos no que de fato era o principal problema da Câmara Municipal de Diadema. O Legislativo de Diadema traz, assim como outras câmaras, apontamentos do Tribunal de Contas de outras gestões e esses apontamentos têm se materializado na reprovação das contas do presidente. Isso, infelizmente, é uma discussão que vem ocorrendo em várias câmaras municipais, pois é uma disputa entre o Judiciário e o Legislativo”, explica.
Queiroz até relata que muitos vereadores não queriam buscar a presidência por causa das consequências nas vidas pública e privada, principalmente do lado financeiro, pois algumas das reprovações vieram acompanhadas de multas aplicadas pela Corte de Contas.
No caso de Diadema, a opção foi por realizar uma mudança no parque tecnológico, encaminhar mudanças administrativas nos gabinetes e deixar encaminhado um concurso público para o próximo ano com o objetivo de equiparar o número de comissionados com o de concursados, principal motivo de problemas entre as Casas de Leis e o Tribunal de Contas.
Outro ponto foi a reforma do Regimento Interno após 30 anos. Entre as principais mudanças está o retorno do Conselho de Ética que terá sua formação escolhida na volta do recesso, em fevereiro, no mesmo momento em que a nova formação das comissões permanentes e especiais serão definidas pelo Legislativo.
Questionado sobre a retomada de conversas sobre uma nova sede própria, Josa Queiroz negou qualquer negociação sobre o assunto, mas considera que seja importante que a Câmara participe dos debates sobre o novo Paço, pretendido pelo prefeito José de Filippi Jr. (PT), pois a atual sede do Executivo será transformada no novo Hospital Municipal.
A ideia de Filippi é buscar um investidor que possa ficar com um terreno que pertence ao Município e em contrapartida construa a nova sede na rua Marechal Floriano, na região central, próximo ao Poupatempo. Se tal situação ocorrer, o Legislativo poderia ficar no mesmo local que a Prefeitura e o atual prédio da Casa de Leis seria devolvido para o Executivo. Mas nenhum detalhe ainda foi pensado sobre o assunto.