O líder de governo na Câmara de Santo André, Carlos Ferreira (sem partido), concedeu entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (20/10). O parlamentar falou sobre sua busca para um acordo dentro da base governista para a disputa da presidência do Legislativo, que será definida no final do ano. Para Ferreira, quem quer o comando da Casa de Leis não pode pensar em disputar a sucessão de Paulo Serra (PSDB) em 2024.
“Eu acho que a Câmara não tem que votar em candidato (a presidente do Legislativo) que queira ser candidato a prefeito nas próximas eleições de 2024. Por quê? Porque vai criar problema. No Poder Legislativo tem o contato com muitos vereadores e vai acabar causando um afastamento no relacionamento com o vereador”, explica o parlamentar.
Internamente apenas o nome do atual presidente da Casa, Pedrinho Botaro (PSDB), é visto como um dos favoritos dentro do grupo de Serra para a sucessão. Outro nome colocado, porém, com menos força, é o de Edson Sardano (PSD), que também busca aliados para disputar o comando da Câmara. Neste caso, a principal justificativa é de que o ex-secretário de Segurança Cidadã avisou que não disputará uma reeleição como vereador, mas não deu outros detalhes sobre seu futuro político.
Dentro da base aliada, Ferreira conta com o apoio de sete dos 11 parlamentares do grupo mais próximo de Paulo Serra. E apenas um pedido do próprio prefeito poderia mudar o cenário que está a favor de seu líder na Câmara.
Outro ponto que corrobora para o favoritismo de Carlos Ferreira é o esfriamento da possibilidade de mudar o regimento e dar um novo mandato para Pedrinho Botaro. A ideia que já circula entre os aliados é de que o tucano assumirá um cargo no primeiro escalão em 2023. A princípio a única vaga que ficará aberta até lá é no Núcleo Social, pois Ana Carolina Serra (Cidadania) terá que renunciar para assumir a vaga de deputada estadual no próximo ano.
Enquanto ainda articula sobre seu nome no Legislativo, Ferreira também busca um partido para se filiar. A ideia do vereador é partir para uma legenda de centro-direita, após ser eleito pelo PSB, partido de centro-esquerda e que se aliou ao PT nas eleições deste ano, algo que o parlamentar não gostou.