O Sineduc (Sindicato da Educação) terá eleição entre os dias 13 e 14 de junho e o clima já está tenso, tanto que a diretoria da entidade chamou um segurança para a sede da entidade em Ribeirão Pires e não descarta reforçar a segurança também para os dois dias de eleição que se darão em chapa única, tendo à frente a atual presidente Perla de Freitas. Ela gravou um vídeo para explicar a situação.
A tensão teve início no sábado, dia 14, último dia de inscrições de chapas. No período da tarde um professor filiado compareceu, na companhia de outros dois homens dizendo que queria inscrever uma chapa para a disputa. Houve discussão entre os dois homens que acompanhavam o profissional e a diretoria da entidade e Perla até ameaçou chamar a polícia. Segundo ela os homens chegaram tumultuando. “Nós somos todas mulheres na diretoria do sindicado e nos sentimos ameaçadas. Eu tive que tomar a frente para defender as minhas diretoras”, explicou a presidente em entrevista ao RD.
Apesar da discussão o pedido de inscrição da chapa foi aceito, mas o Sineduc acabou indeferindo a mesma porque ela não atendia ao estatuto da entidade. “Tinha um número bem inferior de membros do que o previsto pelo estatuto, nem todos os servidores que figuravam daquela chapa eram professores, tinha um que era motorista de ambulância, nada contra, ele é nosso colega servidor também, mas não é da educação. Outra não conformidade foi não terem indicado os suplentes do conselho fiscal, o que é obrigatório”, explicou Perla.
A presidente disse que não houve qualquer situação colocada para dificultar a inscrição de chapas para concorrer à presidência do Sineduc. “Além de publicar em jornal, como manda a lei, incluímos um sábado no período de inscrição, data em que os profissionais não trabalham, ficamos mais tempo abertos para receber inscrições, não fechamos nem para o almoço, tudo isso para garantir o direito de inscrição de chapa, mas eles vieram de caso pensado para tumultuar e deixaram para o último dia e na parte da tarde”.
A decisão do indeferimento da chapa foi comunicada ao professor José Alberto, na terça-feira (17/05) quando ele retornou à sede do Sineduc. Um protocolo com a decisão do sindicato foi preparado explicando os motivos do indeferimento, mas ele se recusou a assinar dizendo que atendia a orientação de seu advogado a quem consultou por telefone. “Ele voltou novamente com duas pessoas e tive que ser firme, aqui é o sindicato da educação não vamos permitir pessoas chegando aqui gritando, não é necessário vir com seguranças”.
Perla de Freitas já preside o Sineduc por duas gestões. Ela fundou a entidade criando um sindicado de professores da rede municipal, representando na sua base não apenas os educadores de Ribeirão Pires, mas outras cidades, entre elas Rio Grande da Serra. “Criamos o sindicato para defender os direitos do professor e levou vários anos para que fôssemos reconhecidos. Essa é a primeira vez que isso acontece”, completou Perla sobre a discussão no momento da tentativa de inscrição de chapa. A eleição vai acontecer nos dias 13 e 14 com urna fica na sede do Sineduc.