A ONG (Organização Não Governamental) Centro de Defesa dos Direitos Humanos 18 de Fevereiro denunciou ao Ministério Público o que considera irregularidades na movimentação de terra e supressão de mata em área de proteção ambiental. A organização alega que a prefeitura autorizou a liberação da área, que trata-se de um local de compensação ambiental de uma grande empresa, para a edificação de um “galpão sem uso definido”. O terreno se encontra na avenida Keith Richards, na altura do número 2200, no bairro Ponte Seca.
Fabrício Tavares, presidente da ONG, conta que, diante do suposto embargo do Ministério Publico, a organização acredita que meios não regulares foram utilizados para liberação da área. “Não sabemos quem e como conseguiram passar e aprovar este empreendimento. Ocorrerá uma grande destruição da Mata Atlântica se isso ocorrer, o que é considerado crime ambiental”, afirma. “Um dia depois de enviarmos o ofício para o MP, passamos pelo local e máquinas já estavam retirando a vegetação do local. Não é possível que conseguiram liberar esta área sem nenhuma dificuldade”, ressalta Tavares.
Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), nenhum processo de licenciamento ambiental referente ao local apontado, que de fato se encontra em área de proteção de mananciais da Bacia Hidrográfica do Reservatório da Billings, foi localizado. ” Informamos que cabe ao órgão ambiental municipal o licenciamento e a regularização de ocupações na APRM-Billings em seu território”, afirma a companhia.
Procurada, a Prefeitura de Ribeirão Pires não se manifestou até o fechamento desta reportagem.