
Os usuários que passam pelo Tersa (Terminal Rodoviário de Santo André) que faz a conexão com a estação Prefeito Saladino, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) sofrem diariamente com a má conservação do local e com a falta de acessibilidade. Os usuários relatam que há muito tempo elevador e as escadas rolantes não funcionam.
O RD abordou o assunto em reportagem publicada no início de outubro em que relatou a má conservação do local, desde então a situação permanece a mesma. Segundo o pastor Elvis de Araújo que passa pelo terminal todos os dias, as marcas do abandono estão por todos os lados. “Elevadores desligados, escadas rolantes paradas e cheio de água na passagem de pedestres, completamente em estado de abandono. Na parte de cima, a passagem que liga o terminal à estação de trem é só ferrugem e também muita sujeira de pombo”, aponta o usuário.
O Tersa é um equipamento público que é administrado por uma empresa terceirizada. A má conservação do local já foi pauta na Câmara; o vereador Ricardo Alvarez (PSol) fez um requerimento pedindo informações sobre o contrato de concessão e sobre as razões dos equipamentos estarem sem funcionar. O requerimento foi feito no dia 7 de outubro e a prefeitura ainda não respondeu. O parlamentar fez ainda uma indicação pedindo também a reativação dos equipamentos. “O lugar está abandonando mesmo”, resumiu o parlamentar à reportagem.
O consórcio Terminal Rodoviário de Santo André – Tersa I, é o responsável pela administração e conservação do local. A concessão foi feita em 1999 ainda na gestão Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro de 2002, e na época a empresa pública que gerenciava o transporte era a EPT (Empresa Pública de Transportes), hoje SATrans. Pelo contrato a empresa que construísse o terminal teria concessão por 25 anos, portanto o consórcio ainda deve administrar o espaço por mais três anos. Em 2004, analisando a concessão o Tribunal de Contas do Estado julgou a licitação regular.
A prefeitura de Santo André foi procurada e, da mesma forma que na reportagem anterior, não se manifestou.