O brincar é uma atividade essencial para viver a infância em plenitude e se apresenta também como ferramenta importante para educação de qualidade. É por meio das artes, dos jogos e das brincadeiras que crianças experiência múltiplos mundos possíveis, pratica regras, vivenciar emoções, exercitar imaginação, criatividade, capacidade crítica e raciocínio lógico. É por tudo isso que a segunda e a terceira formação do Baú das Artes abordam contextualização e adaptação dos conteúdos para a prática com os alunos.
O projeto é realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultural do Ministério da Cidadania, e conta mais um ano com o patrocínio da Oxiteno, empresa líder na produção de tensoativos e especialidades químicas na América Latina. Em Mauá, as atividades são executadas pela Evoluir, empresa híbrida de educação que atua com a produção de conteúdos e de projetos, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.
Dividido em cinco etapas: acolhida tecnológica, doação do acervo, formação dos educadores, acompanhamento pedagógico e evento de culminância (celebração). O projeto foi todo adaptado para ambiente online, por conta da pandemia da covid-19 (coronavírus).
O primeiro módulo da formação continuada dos educadores foi voltado para a entrega dos baús nas duas escolas participantes e para acolhida tecnológica dos educadores selecionados. A primeira formação teve como objetivo apresentar o acervo ludo-pedagógico com materiais polivalentes, além da metodologia que embasa o projeto e principais referências. Atualmente, os educadores estão ampliaram o campo didático para conseguir colocar todo aprendizado em prática e adapta a metodologia aprendida para aplicar em sua prática diária.
Somente em 2020, em âmbito nacional, o projeto já beneficiou quase 8 mil crianças diretamente e 26 mil crianças indiretamente. Em Mauá, as atividades se encerram em dezembro, e envolvem 98 educadores e 2443 crianças da Educação Infantil.
A educadora Izabel Cristina Queiroz dos Santos, da escola E.M. Guimarães Rosa conta como foi participar da formação. “O curso foi agradável. Apesar do distanciamento, pude aprender e os cadernos disponibilizados irão me ajudar muito a ter ideias. Com certeza, quando tudo isso passar e eu retornar a minha rotina presencial, irei desfrutar muito o material que foi entregue na escola. Mas, mesmo neste momento, algumas ideias já foram utilizadas em meu ensino remoto”, disserta.
O Baú das Artes está organizado a partir dos temas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC), como Meio Ambiente, Trabalho e Consumo, Sexualidade, Ética, Saúde e Pluralidade Cultural. Todo o conteúdo dos baús segue os princípios da Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), que busca envolver a criança em um ambiente de investigação e de busca por solução de problemas, tornando-a protagonista de seu processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Executado desde 2011 no país, o projeto já entregou mil baús, abrangendo todas as regiões do Brasil e beneficiando mais de 300 mil crianças. Em Mauá, as escolas participantes do projeto são: Escola Municipal Guimarães Rosa, Escola Municipal Neuma Maria da Silva, Escola Municipal Francisco Ortega, Escola Municipal Perseu Abramo, Escola Municipal Guilherme primo Vidotto e Escola Municipal Geovane Oliveira Lacerda Costa. Além disso, contamos com a participação de quatro escolas do ano de 2019 (reciclagem): Escola Municipal Florestan Fernandes, Escola Municipal João Rodrigues Ferreira, Escola Municipal Hebert de Souza e Escola Municipal Samir Auada.