A região registrou uma das menores taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid-19 desde o início da pandemia, em meados de março. Segundo as secretarias de saúde da região, a taxa que em julho estava em 57% de ocupação, chegou a 39,2% nesta quinta-feira (5/11) com a maior taxa de internações em Diadema, que atingiu ocupação de 55% com 11 leitos de UTI ocupados e nove leitos disponíveis no Hospital Municipal de Diadema, que dispõe ainda de 30 leitos de enfermaria para prestar socorro aos pacientes da doença.
Ribeirão Pires segue em segundo lugar na listagem com ocupação com 41% dos leitos do Hospital de Campanha preenchidos. A unidade conta com 41 leitos, 17 deles equipados com respiradores, preparados para cuidados semi-intensivos e desde o início das atividades foram realizadas 418 internações. São Bernardo, que conta atualmente com 387 leitos destinados a pacientes com covid-19, sendo 276 deles enfermaria e 111 em UTI, está com 38% ocupados na parte de emergência, enquanto na ala de enfermaria a ocupação está em 34%. Sem hospitais de campanha, o município implantou dois hospitais exclusivos e permanentes para tratamento dos pacientes: o novo hospital Anchieta e o Hospital de Urgência, que atendem juntos em média 150 pessoas ao dia suspeitas de covid-19.
Santo André contabilizou até a última quarta-feira (4/11) ocupação de 22,10% dos leitos de enfermaria e 34,06% dos leitos de UTI, considerando redes privadas e públicas. No Centro Hospitalar Municipal há atualmente 44 leitos ocupados por pacientes diagnosticados com a doença, sendo que 34 estão na UTI. A taxa de ocupação da UTI do hospital é de 65%. Já no hospital de campanha do Complexo Pedro Dell’Antônia há 78 pessoas internadas, sendo 8 na UTI, com taxa de ocupação de 43%. No Hospital de Campanha da UFABC, no momento, não há nenhum paciente internado, segundo a Prefeitura de Santo André.
São Caetano está com 28% dos leitos de UTI e 66% dos leitos de enfermaria ocupados. A cidade conta com 40 leitos de UTI e 18 de enfermaria especialmente para lidar com casos de covid-19, podendo ser ampliado, caso seja necessário. Pelo Disque Coronavírus em média 75 atendimentos por dia são feitos, enquanto pela carreta da saúde e unidades básicas de saúde, são pelo menos 60 atendimentos.
As Prefeituras de Mauá e Rio Grande da Serra não responderam os questionamentos até o fechamento da reportagem.
Hospitais de campanha
As Prefeituras de Ribeirão Pires e Santo André informaram que não há pretensões para encerramento dos atendimentos e/ou atividades nos hospitais de campanha dos municípios. Em nota, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que manterá a unidade enquanto houver demanda de internação – sem previsão de desmobilização. Já a Prefeitura de Santo André informou que existe uma avaliação permanente em relação aos dados epidemiológicos, bem como os indicadores do Plano São Paulo para a tomada de decisão. Já São Caetano encerrou no final de agosto as atividades do seu Hospital de Campanha, que funcionava no antigo Hospital São Caetano.