Com o passar do tempo a demanda em prol de questões socioambientais só cresce, de todos os lados: investidores, sociedade civil e compradores, que estão cada vez mais atentos às políticas de sustentabilidade que guiam empreendimentos comerciais e residenciais. Na região, a situação não é diferente, e a motivação, para além da responsabilidade em preservar e administrar melhor os recursos naturais, é também para um bom negócio do ponto de vista econômico.
Em entrevista ao RDtv, Milton Bigguci Junior, diretor técnico da MBigucci e presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (Acigabc), explica que cada dia que passa, a tendência das construtoras em investir no modal só cresce. “Está no nosso DNA (construtoras), seja por consciência ou questões de mercado, colaborar com o bem-estar dos clientes e de quem procura um lugar melhor para se viver, agregar valor ao empreendimento e ainda oferecer melhores opções de moradia ao cidadão”, diz.
Nessa mesma linha de responsabilidade ambiental, a MBigucci possui o programa Big Vida, que visa um modo de vida sustentável, ecologicamente correto e que neste ano está completando 15 anos de atuação. “Ele utiliza sistemas e equipamentos sustentáveis aliado a atitudes responsáveis a favor da preservação do meio ambiente, em respeito a vida e às futuras gerações”, explica Bigucci ao afirmar, ainda, que é também um trabalho de educação da sociedade para um ambiente mais limpo e com função estética.
Na maioria dos seus empreendimentos, a MBigucci desenvolve na fase da obra ações visam minimizar o impacto ambiental. O projeto piloto foi desenvolvido no Edifício Phoenix do Condomínio Nova Santo André II, em Santo André. A iniciativa foi premiada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Entre as ações que contemplam o plano estão ainda a coleta seletiva, reuso da água dos lavatórios e bebedouros, com aproveitamento das descargas, pré-filtragem da água de lavagem, iluminação natural dos telhados, consumo de materiais com certificado de origem, etc.
Para o arquiteto Danilo Salerno, a tendência é que com o passar do tempo, os próprios clientes passem a exigir por ambientes com responsabilidade ambiental no momento da compra. “Não é incomum encontrarmos clientes que já têm essa preocupação ambiental e o que estamos percebendo é que as construtoras já estão começando a se readequar a essa realidade, com obras cada vez mais sustentáveis e cumprindo essas funções de boas práticas naturais”, explica.
Segundo Salerno, especialmente no período da pandemia, já foi possível notar uma procura maior por ambientes com esse diferencial. “Já percebemos que os clientes buscam espaços maiores, e estão saindo um pouco da estética e se preocupando mais com as questões ambientais, se vão morar em um ambiente agradável e com ferramentas que condizem com o que é ideal para a natureza”, enfatiza ao lembrar que as hortas comunitárias acompanham a linha das novas tendências.