As preocupações econômicas com as consequências do novo coronavírus (Covid-19) estão assustando alguns setores, entre eles, o de combustíveis. Em entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (13), o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo do ABCDMRR), Wagner de Souza, aponta que a queda de demanda dos postos caiu entre 60% e 70% na região.
A queda foi vista após a série de medidas que reduziram o tempo de funcionamento dos postos de combustíveis. Na maioria das cidades do ABC tais estabelecimentos funcionam entre às 7h e às 19h. A exceção fica para Ribeirão Pires que permite o funcionamento entre às 6h e às 22h. Seis postos (quatro em Mauá e dois em São Caetano) conseguiram uma liminar na Justiça para atender normalmente.
Entre as consequências está a mudança na jornada de trabalho. Em alguns postos foi adotado turnos de seis horas, em outros os funcionários trabalham 12 horas e folgam por 36 horas, e alguns estabelecimentos resolveram entrar no programa do Governo Federal para reduzir a jornada e os salários em 25%, com a União completando o valor na folha de pagamento, mas até o momento não foram registradas grandes quantidades de demissões nos 400 postos da região.
Quando questionado sobre o tempo em que o setor aguentaria com as medidas paliativas do Poder Público, Souza foi pessimista. “Nosso deadline é de até um mês para que os postos de combustíveis possam aguentar. Se até o final de abril não tiver um retorno da demanda ficará muito difícil. O setor não suporta mais de dois meses com essa situação. No nosso caso, temos mais 30 dias”, explicou.