Priscila Lucia Nascimento, viúva do Guarda Civil Municipal de Santo André, Maurício Avelino dos Santos, morto no ano passado quando saía do trabalho, disse que só conseguiu dar entrada no seguro de vida do marido, que é contratado pela prefeitura, no dia 02/05 por causa da burocracia. No próximo dia 02/06 a morte do guarda completa um ano e a família ainda aguarda o pagamento.
A seguradora Mapfre, contratada pela prefeitura confirmou que o processo agora está em andamento, mas como há prazo para análise dos documentos, a morte do segurado completará um ano sem que o pagamento tenha sido feito. “A MAPFRE esclarece que a comunicação do falecimento do segurado Maurício Avelino dos Santos foi feita à companhia na última sexta-feira, 24 de maio. A seguradora aguarda o envio dos documentos necessários para análise de sinistro. Com o material em mãos, a companhia procederá com os trâmites necessários para aprovação do pagamento de indenização, cujo prazo de liberação é de 30 dias a partir da entrega dos documentos solicitados”, informou a companhia de seguros em nota.
Todos os servidores municipais tem seguro de vida, segundo a prefeitura, que informa não haver desconto em folha de pagamento para este benefício. “O Seguro de vida é contratado pela Prefeitura de Santo André, cabendo a esta promover os procedimentos legais para atendimento ao segurado. A propósito, o benefício encontra previsão legal na Lei Municipal nº 6.793/1991. O Seguro de vida é um benefício concedido aos servidores, sendo a mesma, responsável pela indenização dos beneficiários dentro do exercício, independentemente das datas de contratação. O beneficiário do servidor deu entrada no requerimento e documentação de seguro de vida em 02 de maio de 2019. O prazo interno previsto de rotina para análise das documentações é de no mínimo 20 dias úteis, no caso deste seguro. Assim, o prazo final para o cadastro do sinistro seria dia 30 de maio de 2019”, informou a administraão em nota.
Enquanto seguradora e prefeitura apenas exigiram documentos, a viúva relata dificuldades para cumprir as exigências. “Fui lá várias vezes com a documentação que me solicitavam. Quando chegava pediam mais documentos. Por fim até o contrato com a seguradora e o período burocrático se passa quase um ano, já que no dia 2 de junho vai fazer um ano que meu esposo faleceu. Agora estou aguardando o prazo. Não consigo ficar todo tempo atrás disso o que me resta é aguardar”, lamenta Priscila, que teve um filho do relacionamento com Santos, o pequeno Heitor que precisa de cuidados especiais.
Santos foi assassinado durante um assalto quando trafegava de moto na avenida João Ramalho, em frente ao Paço de Mauá, no caminho para casa após o plantão noturno, do dia 2 de junho de 2018.