![](https://www.reporterdiario.com.br/wp-content/uploads/2024/03/tarifa-diadema-300x200.jpg)
A Tarifa Zero, iniciativa pioneira da prefeitura de São Caetano na região, já começa a ser discutida em outras cidades do ABC. Enquanto o líder do governo na Câmara de São Bernardo, Ivan Silva (PRTB) apresenta projeto com forte chance de apoio da prefeitura, em Santo André, projeto de igual teor é preparado pelo vereador Carlos Ferreira (MDB). Por esse debate político a medida deve ser um dos assuntos principais das campanhas eleitorais deste ano. No âmbito do Executivo, apenas Diadema e Santo André relatam que já estudam a medida, mas sem nada concreto ainda. Em Ribeirão Pires os ônibus também já são de graça, mas somente aos domingos e feriados.
Não basta ter a vontade política, é necessário também recurso para manter essa gratuidade. Em São Caetano a prefeitura gasta todos os meses R$ 3 milhões no sistema, o que significa que em meio ano de funcionamento R$ 18 milhões foram investidos para que 8.748.399 de viagens fossem realizadas no período. No município circulam 57 ônibus, mas a cidade informa, em nota, que em breve apresentará novidades, sem dizer quais são.
A prefeitura de Diadema informa que já fez um estudo de viabilidade para a Tarifa Zero, se a medida for implantada, irá beneficiar diretamente 65 mil passageiros que usam o sistema de transporte do município todos os dias. A cidade tem 24 linhas de ônibus e 139 coletivos da empresa Suzantur. “A Secretaria de Mobilidade e Transporte fez um estudo sobre a implementação da tarifa zero que está em análise, mas não há possibilidade de implementar a tarifa zero esse ano”, resume a prefeitura. Em Diadema os ônibus custam R$ 2 aos domingos. A passagem custa R$ 4,25 no Cartão SOU e R$ 5,50 se paga em dinheiro.
Santo André informou que o estudo em torno da Tarifa Zero, está em fase preliminar. “A Prefeitura de Santo André, por meio da SATrans, informa que realiza estudos preliminares de viabilidade econômico-financeira sobre ampliação da gratuidade no transporte público. Uma das possibilidades em avaliação seria a oferta de gratuidade aos domingos. Reiteramos que atualmente a tarifa zero já é aplicada para estudantes, maiores de 60 anos e pessoas com deficiência”. Atualmente uma média de 133 mil viagens de ônibus são realizadas diariamente em 48 linhas. No município a passagem custa R$ 5,70.
Em Ribeirão Pires onde a tarifa já é gratuita, mas apenas aos domingos e feriados, a prefeitura não informou se há intenção de que implantar a tarifa zero em definitivo. De acordo com a empresa responsável pelo transporte municipal, são cerca de 38 veículos e 26 linhas, com média de 19 mil pessoas usando o serviço diariamente. De segunda a sábado a tarifa de transporte na cidade custa R$ 5,50 em dinheiro e R$ 4,85 no cartão BUS Fácil.
Em São Bernardo, onde o projeto de lei de autoria de parlamentar governista e líder do governo, tramita, a prefeitura menciona estudos para melhorias, mas não respondeu nada sobre gratuidade. “Existem estudos constantes para melhorias no transporte público municipal. É importante destacar que cerca de 200 mil pessoas utilizam o transporte coletivo diariamente, número superior ao total de habitantes de diversas cidades do Estado, e a frota da cidade é de 387 veículos, distribuídos entre 66 linhas. A gratuidade é garantida para idosos acima de 60 anos, aposentados por tempo de serviço, invalidez ou acidentária e pensionistas, pessoas com deficiência e seu acompanhante (quando necessário), menores de 5 anos de idade e estudantes. Atualmente, a Prefeitura não paga subsídio da tarifa”, diz nota do paço.
Mauá e Rio Grande da Serra não responderam.