A Expomafe, Feira Internacional de Máquinas, Ferramentas e Automação Industrial, que acontece de 7 a 11 de maio no Centro de Exposições São Paulo Expo, na Capital, terá participação de várias empresas com sede no ABC. Essas empresas vão demonstrar produtos e serviços de alta tecnologia como robôs e sensores de segurança. A feira aponta para uma retomada do crescimento industrial no País e busca também incentivar um mercado ainda tímido no Brasil. A feira é considerada a maior do setor na América Latina e das cerca de 750 marcas presentes na feira, 31 são do ABC. Em número de empresas, a região só perde para a Capital e empata com o Rio Grande do Sul. São esperadas 55 mil pessoas na feira.
A Kuka Roboter do Brasil, subsidiária da empresa de origem alemã, vai apresentar RoboCoaster, um robô de entretenimento muito utilizado em parques de diversão e em eventos. Os visitantes também poderão conhecer os produtos da marca em apresentações 3D. O presidente da Kuka Roboter do Brasil, Edouard Mekhalian, prevê crescimento de 15% este ano. “O cenário não é positivo no Brasil, por outro lado nessa área onde atuamos, no ano passado inteiro e neste até agora temos caminhado bem”, analisa o executivo da empresa sediada em São Bernardo.
Para Mekhalian o mercado em robótica no Brasil ainda engatinha. O País tem 208 milhões de habitantes e não vende 1.400 robôs por ano; na Coreia do Sul, que é do tamanho de Minas Gerais e tem 48 milhões de habitantes compram-se 45 mil robôs por ano e a China, vai passar esse ano dos 150 mil robôs vendidos. “O mercado global não está ruim, o Brasil é que está muito atrasado por questões culturais, econômicas e tecnológicas. Por exemplo, há desvinculação educacional entre as empresas e as universidades, isso precisa ser fortalecido , também tem o capital financeiro e o ambiente de mercado, que exige consumo, ao passo em que não há aumento da renda das famílias”, diz o executivo”, diz. Neste cenário o empresário aposta na Expomafe como ambiente mais positivo. “É muito bom para estarmos de portas abertas aos clientes”, afirma Mekhalian.
A Pilz outra multinacional alemã, também sediada em São Bernardo, vai apresentar o conceito de robôs colaborativos, mostrando a aplicação de sensores e sistemas de segurança. Para seu diretor geral, Pedro Medina, a empresa também obteve gráficos positivos no ano passado e está otimista quanto a 2019. Sobre a crise, ele a trata com relativa tranquilidade. “O trabalho tem que continuar a ser feito e como algumas empresas aproveitam para se adaptarem às normas de segurança nos momentos de produção reduzida, trabalhamos até mais. A Ford é um dos exemplos de clientes que eram assíduos há cinco anos e deixou de ser”, disse ao se referir à montadora que vai deixar São Bernardo. “A Pilz espera crescer 30% este ano”, prevê Medina.
A Fronius, de São Bernardo, vai apresentar uma nova máquina para solda a TPS/i CMT – Cold-Metal-Transfer que promete melhores resultados, rapidez e menor perda de material. Segundo Claudio Sá, gerente da unidade de negócios de soldagem, a previsão é que o setor cresça 26% este ano. “Para 2019, temos boas expectativas de crescimento no setor de soldagem. Sentimos falta de uma política de governo mais assertiva, para que a economia possa ser retomada com mais agressividade e o setor volte a investir mais”, analisa.
A Schunk, de Mauá, lança na Expomafe a nova linha de garras pneumáticas MPC, o sensor de força e torque FT-AXIA, as placas para tornos da linha Rota NCE e a linha de fixação de peças KSC.