Os moradores da rua Nelco Izidro Ferreira, no Sítio Maria Joana, em Rio Grande da Serra, enfrentam graves problemas por conta da falta de asfalto na região. A situação ficou ainda pior com as chuvas que assolaram o ABC na madrugada do dia 12 de março, que aumentou consideravelmente o tamanho dos buracos que já existiam na rua, que é de terra batida. Em um deles, a situação é tão grave que é possível ver a tubulação e os carros não conseguem mais passar pelo local.
De acordo com Irene Custódio, cuidadora de idosos e moradora da rua há 20 anos, a situação na região sempre foi complicada e a população escuta as promessas do poder público, mas não vê resultado. “Todo ano é a mesma história, é um descaso. Eles vêm aqui, medem a rua, dizem que mês que vem vão começar a asfaltar, mas o mês que vem nunca chega”, conta. Custódio relata que os carros dos moradores e peruas do transporte escolar das crianças da vizinhança nem mesmo conseguem subir a rua. A situação ainda pior perto do ponto de ônibus, já que o buraco se torna uma grande poça de lama quando chove, o que impede que os moradores cheguem com segurança até o local. “Muita gente desvia, tenta cortar por outras ruas, mas isso é um trabalhão. Na verdade, o que a gente quer é andar em paz”, diz.
Quem também sofre com a situação do local é Simone Barros de Carvalho, merendeira e moradora da Nelco Izidro Ferreira há quatro anos. Assim como Custódio, a moradora relata que não consegue nem mesmo chegar de carro em casa por conta do atoleiro, então o veículo fica estacionado na rua. Carvalho também conta que, para sair de casa com o filho de cinco anos, precisa carregá-lo no colo. “A situação está horrível, a gente não tem mais calçada, tem ponto que não dá pra andar” reclama. A moradora conta, ainda, que ao questionar a prefeitura, os moradores foram informados de que consta nos registros que a situação foi resolvida e a rua asfaltada, o que não condiz com a realidade do local.
Ambas as moradoras dizem que as medidas que a prefeitura toma são apenas paliativas e não resolvem os problemas. De acordo com os relatos, de tempos em tempos máquinas são enviadas para comprimir a terra no local, o que ocasionou o afundamento da rua e grandes valetas entre a sarjeta e a calçada. Os moradores também reclamam sobre o mau cheiro que a tubulação exposta deixa na rua. “É um verdadeiro descaso. Estamos correndo atrás do nosso direito, com a rua desse jeito não dá pra ficar”, finaliza Carvalho.
Questionada, a Prefeitura de Rio Grande da Serra não retornou até o fechamento da matéria