A Câmara de São Bernardo aprovou na última quarta-feira (22) projeto de lei que autoriza a concessão de R$ 720 mil de subvenção para a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa). Esta foi a última etapa burocrática para que o projeto do hospital veterinário seja entregue à população. A expectativa é que o equipamento comece a funcionar na primeira semana de setembro.
O novo equipamento público será instalado no bairro Rudge Ramos, ao lado do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), poderá terá capacidade para realizar 400 consultas por mês e infraestrutura para executar série de intervenções cirúrgicas. Como o local será subsidiado apenas com verbas do município, apenas os moradores de São Bernardo terão o acesso ao serviço que será prestado.
“Será um avanço muito grande para a causa animal. Eu, por exemplo, tenho lutado em relação a isso desde 2011. Cheguei a ser taxado de ‘vereador dos animaizinhos’, mas agora temos o resultado por causa de uma boa conversa que tivemos com o (prefeito) Orlando Morando (PSDB) que conseguiu tirar isso do papel”, disse o presidente da Câmara, Pery Cartola (PSDB).
A ideia de ter um hospital veterinário público foi levantada para o ex-prefeito Luiz Marinho (PT), mas não houve avanços. Em outros municípios, a mesma infraestrutura chegou a ser proposta, até mesmo um equipamento regional foi idealizado por defensores da causa animal, porém nada caminhou.
A Anclivepa é uma instituição que existe desde a década de 1950, quando iniciou os trabalhos no Rio de Janeiro. Em 2012, abriu a primeira unidade gratuita, em São Paulo, com parceria inédita com a Capital. Desde então mais duas unidades paulistanas foram inauguradas, além de clínicas que realizam o trabalho gratuito em Mogi das Cruzes e no Distrito Federal.
Segundo Cartola, as cidades de Guarulhos e Osasco também vão realizar parcerias com a instituição para conseguir levar o serviço. “Estamos organizando também um projeto para levar para outras cidades do ABC. Por causa da infraestrutura, acreditamos que Santo André pode ter espaço e verba para esse serviço. Vou levar a ideia para o prefeito Paulo Serra (PSDB), para ver se também teremos uma unidade por lá. Espero que ele entenda a importância disso”, completou o vereador.
No caso da Anclivepa, a escolha foi feita por intermédio de um chamamento público, como determina a lei federal. Em São Bernardo, a instituição atuará por um ano, quando a Prefeitura poderá fazer novo chamamento público para a manutenção do serviço gratuito.