A prisão do ex-presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e do seu filho, Leandro Marinho, ainda repercute no município. Os vereadores petistas Josa Queiroz, Orlando Vitoriano e Ronaldo Lacerda consideram que o ato contra o ex-vereador é considerado “abusivo e exagerado”. Um ato será realizado na próxima semana em desagravo ao acontecimento.
Para os três legisladores houve exagero da juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Juri de São Paulo, que decretou as prisões temporárias de Maninho e Leandro há uma semana. Para os vereadores, a situação demonstra que existe “perseguição política” contra os membros do Partido dos Trabalhadores.
“Quando a juíza e seu filho colocam nas redes sociais suas posições políticas, fica clara a perseguição contra o PT. Eles podem ter as suas ideias, as suas ideologias, mas não podem expor dessa maneira e nos dar a justificativa para afirma que tal situação só aconteceu porque era uma pessoa do PT envolvida, caso contrário, outra pessoa responderia em liberdade”, disse Orlando Vitoriano.
“Nós vamos demonstrar todo o nosso apoio, pois o meu envolvimento com o Maninho não é apenas político, mas também pessoal. A acusação de tentativa de homicídio é exagerada. O Maninho errou e não vamos contra a imagem, mas fica claro que é um caso de lesão corporal e ele deve pagar por aquilo que aconteceu, mas não do jeito que está acontecendo”, comentou Josa Queiroz.
No próximo dia 23, o PT vai organizar um ato de desagravo sobre o assunto. A ideia é trazer uma postura parecida com a que aconteceu no momento da decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 5 de abril. O partido pretende movimentar a sua militância para que o caso não seja esquecido.
“Existem muitos exageros nessa história. O Maninho é uma pessoa boa que não tem esse histórico de assassino como alguns colocam. Nós o conhecemos, o filho dele, e sabemos o que todos de Diadema sabem disso. Espero que seja feita justiça e que ele possa pagar pela situação da lesão corporal e não por tentar matar alguém”, completou Ronaldo Lacerda.
Sessão
Durante os discursos na sessão desta quinta-feira (17), um membro do MBL (Movimento Brasil Livre), não identificado, chegou a debater com Orlando Vitoriano sobre o assunto. Algumas pessoas presentes no Legislativo tentaram acalmar o rapaz para que não houvesse outras consequências. Nenhum dos demais vereadores falaram sobre o assunto.