Ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e seu filho Leandro Marinho (PT) deixaram no início da tarde desta segunda-feira (17/12) a o presídio de Tremembé, onde estavam detidos há exatos sete meses acusados de tentativa de homicídio contra o empresário Carlos Alberto Bettoni. Na última quinta-feira (13/12) o ministro Jorge Mussi, relator no STJ (Superior Tribunal de Justiça), do processo contra pai e filho autorizou a soltura para que se defendam em liberdade.
Maninho e o filho são acusados de tentar matar o empresário durante uma briga no dia 5 de abril, em frente ao Instituto Lula, na Zona Sul da Capital. Reunidos com a militância petista, quando da prisão do ex-presidente Lula, os dois acusados teriam discutido com Bettoni que protestava contra os petistas. Ambos empurraram o empresário até a rua, momento em que ele bateu a cabeça no para-choque de um caminhão que passava na via, sofrendo traumatismo craniano. Ele ficou vários dias internado e hoje está recuperado.
O advogado de Maninho e Leandro, Roberto Fernandes Guimarães, disse que a soltura dos réus foi demorada por conta dos trâmites da Justiça. “O alvará chegou ao Tribunal de Justiça só na sexta-feira e já era tarde para o cumprimento”, disse o advogado que tenta mudar a tipificação do crime para Lesão Corporal de Natureza Grave. “Ali não houve intenção de matar, foi uma discussão num momento de stress, foi uma lamentável fatalidade. Eu conversei muito com o Maninho e ele me disse que ficou cego na hora que o homem chegou no instituto Lula chamando as pessoas de bandidos; ele me disse que ficou cego, foi um momento de fúria”, destacou o defensor.
Guimarães aguarda uma nova audiência sobre o caso a ser marcada para os próximos dias.