O ministro Jorge Mussi, relator no STJ (Superior Tribunal de Justiça) do processo contra o ex-vereador de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e de seu filho Leandro Marinho, decidiu nesta quinta-feira (13/12), soltar pai e filho, que estavam presos havia praticamente 7 meses, desde que se apresentaram à polícia em 16 de maio. Os dois são acusados de tentativa de homicídio contra o empresário Carlos Alberto Bettoni.
Maninho e o filho são acusados de tentar matar o empresário durante uma briga no dia 5 de abril, em frente ao Instituto Lula, na Zona Sul da Capital. Reunidos com a militância petista, quando da prisão do ex-presidente Lula, os dois acusados teriam discutido com Bettoni que protestava contra os petistas. Ambos empurraram o empresário até a rua, momento em que ele bateu a cabeça no para-choque de um caminhão que passava na via, sofrendo traumatismo craniano.
Essa foi a terceira tentativa da defesa para soltar pai e filho. Segundo o promotor de Justiça Felipe Eduardo Levit Zilberman, que atua no caso, foi negado o primeiro Habeas Corpus em primeira instância e outro no Tribunal de Justiça. Ele disse que não o processo não muda. “Decisão se cumpre”, resumiu.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Maninho (foto), Roberto Fernandes Guimarães, e não há informação de quando eles deixarão o presídio de Tremembé. O presidente do diretório do PT de Diadema, Adi dos Santos Lima, também aguarda a informação da saída de Maninho e Leandro para marcar o momento com uma recepção. “Não sabemos onde nem como vamos fazer, mas queremos recebê-los em nossa casa”, disse referindo-se ao diretório do partido. “Mas pode ser também em outro local, vamos conversar com a família”, disse Lima.
O vereador Josemundo Dario Queiroz, o Josa (PT), disse que esteve com a família nesta sexta-feira (14/12) e relatou que o clima é de euforia e também de receio pela soltura dos dois. “Há um clima de ódio e esse processo foi muito politizado, por isso há receio pela segurança. Quando saírem vão ter querer ficar com a família”, resumiu.