Com reclamação sobre falta de diálogo e duras críticas ao prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), representantes do PR e PSC anunciaram nesta quinta-feira (14), que deixaram a base de apoio do verde. Outro anúncio realizado foi o do apoio à pré-candidatura a prefeito do vereador Wagner Feitosa, o Vaguinho do Conselho (PRB), e com a indicação da presidente licenciada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade, Marilza Nagasawa (PSC) para ser a número dois da chapa.
A primeira parte do anúncio foi feito em plenário. O vereador Luiz Paulo (PR), fez críticas a falas recentes de Michels à imprensa. “Eu li que ele falou que o nosso partido era menor. Isso doeu, não posso admitir isso. Além disso, eu tentei conversar com o governo por diversas vezes, como não consegui falar nada, nós resolvemos deixar o governo hoje (quinta) ”, afirmou.
Uma hora depois, no plenário anexo da Câmara, militantes e pré-candidatos a vereador das duas legendas juntamente com Vaguinho e Cida Ferreira (PMDB), anunciaram o apoio. “Diadema precisa mudar novamente, precisamos de algo novo e não isso que está na cidade, essa bagunça”, criticou Luiz Paulo.
“Nós percebemos que não tinham confiança em nós. Enquanto tivemos na Prefeitura lutamos muito, fizemos muitas coisas, mas não era nos mostrado essa confiança, por isso que resolvemos deixar o governo, deixamos todos os nossos cargos à disposição, inclusive a Secretaria (de Segurança Alimentar)”, afirmou o agora ex-secretário, Teodózio Gregório da Silva.
Outro anúncio realizado foi a indicação de Marilza Nagasawa para ser a pré-candidata a vice de Vaguinho. As conversas sobre o assunto vão começar nos próximos dias, porém nos bastidores é dada como certo a oficialização de Cida Ferreira na chapa, principalmente pelo fato do PMDB ser um dos principais articuladores da campanha do republicano ao Paço diademense.
Governistas
Questionado sobre a saída das duas legendas da base de apoio de Michels, o presidente municipal do PCdoB, Laércio Soares, apenas lamentou. “Toda a saída é ruim. Ninguém quer perder apoio nesse momento, mas todos os partidos têm o direito de ir no caminho que quiser”, afirmou o ex-assessor de Lauro.
Indagado sobre o mesmo assunto, o líder de governo, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), ironizou a saída. “Eles ficaram o tempo todo dentro do governo e saem perto da eleição. Mas não considero que eles sejam traidores, mas todos sabem o que fazem. É igual a um casamento, tem hora que está tudo bem e tem hora que você está mal e separa, acontece”, disse o tucano.