ABC - domingo , 19 de maio de 2024

Amigos dizem que Sandro Vaia transformou o jornalismo

A despedida ao ex-diretor de redação do Grupo Estado Sandro Vaia, que faleceu aos 72 anos, foi um encontro de várias gerações, no Velório do Centro de Jundiaí – cidade onde ele morava. Todos foram unânimes em elogiar o “inovador” e “idealista”, que lutava por um mundo melhor e transformou o jornalismo. Rodrigo Mesquita lembra que convidou Sandro para um projeto novo no Grupo Estado quando era diretor da empresa e que revolucionaria o jornalismo, com impacto na indústria da informação. “O Sandro fez um trabalho formidável, de organização do jornal Estado. Eu sempre o considerei como um dos melhores editores que tivemos”.

Roberto Gazzi, consultor do Grupo Estado, disse que a reforma gráfica de 2004 foi um trabalho difícil, mas que rendeu bons resultados após quatro meses para implantação. Sandro Vaia conduziu de forma correta e conciliadora a reforma, que rendeu muitos prêmios ao jornal. Lembrou também de Sandro Vaia como “um chefe que exigia apuração dos fatos, textos limpos, boa edição e título que retratasse os fatos. A Redação gostou. O jornal melhorou e as pessoas ficaram orgulhosas com os prêmios”.

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O jornalista José Maria Mayrink lembra que conheceu Sandro Vaia quando lhe apresentaram o “grupo de jornalistas de Jundiaí”. “Ele não parecia chefe”, comentou. “Mas era exigente e idealista, combatendo as coisas erradas na Política”. Depois veio a criação do Jornal da Tarde, como um marco no jornalismo e “trabalhamos juntos. Fizemos muitas histórias, que mudaram o País, sem falar na reforma gráfica do Estado que teve grande repercussão nacional e internacional”.

A jornalista Cristina Falasco, que trabalhou por 15 anos no Grupo Estado, disse que Sandro foi uma “referência”. Ele sabia exigir e era discreto, de “poucas palavras”. O jornalista Elton Fernandes disse que se inspirou em Sandro, que conversava diariamente com seu pai, Ademir Fernandes, da Agência Estado. “Os dois tinham o Palmeiras como paixão e conversavam diariamente sobre tudo o que acontecia no País. O Sandro foi como um pai e mudou o jornalismo para melhor”, comentou.

O deputado federal Miguel Haddad (PSDB) conheceu Sandro Vaia quando ele produziu em Jundiaí o jornal de Segunda, para combater as irregularidades na Política local e o definiu como “excepcional”. A jornalista Clariniza Souza, que atuou com Sandro no Grupo Estado, disse que o “jornalismo ficou mais pobre”.

A esposa, Vera Varia, sempre esteve ao lado do marido e nos últimos dias no hospital passou a publicar o “Boletim do Sandro”, descrevendo o estado de saúde do companheiro para os amigos. Em um deles, disse que o jornalista queria muito comer, mas os médicos não deixavam.

O corpo de Sandro Vaia foi sepultado às 16 horas deste domingo (03) no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, no Centro de Jundiaí.

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