O Equador vai em breve voltar a ser um membro ativo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse o secretário-geral do cartel, Abdalla Salem el-Badri, embora autoridades do país sul-americano tenham minimizado qualquer movimento iminente. “Recebemos uma carta oficial do Equador na semana passada. Eu espero que o Equador seja um membro da Opep no curto prazo”, disse Salem el-Badri em entrevista para a AFP.
A Opep confirmou hoje que o país sul-americano expressou recentemente interesse em voltar a integrar o grupo. O ministro de Energia do Equador, Jorge Alban, disse que seu país permanece interessado em se unir à Opep. “De fato, nunca deixamos de ser membros da Opep e para normalizar nossa situação temos apenas de pagar as cotas que devemos”, disse o ministro equatoriano, observando que as cotas somam 4 milhões de euros. “Mas temos de esperar pelo momento político certo, que o presidente (Rafael) Correa vai determinar. Mas isso não é iminente”, acrescentou Alban.
Pagar a cota, observou o ministro, não é um problema. Ao contrário, ele destacou, é uma questão de momento e o governo do Equador está atualmente fazendo uma análise sobre a relação custo/benefício de ser um membro ativo da Opep. O governo do presidente Correa tem freqüentemente declarado que está interessado em ver o país se tornar um membro ativo da Opep novamente, para assegurar “suporte político” dos membros da Opep, formar joint ventures com companhias de petróleo de Estados-membros do grupo, assim como para obter empréstimos de membros do cartel. O ministro de Energia da Venezuela, Rafael Ramirez, disse em fevereiro que o Equador provavelmente voltaria a integrar a Opep até julho deste ano.
O Equador deixou de ser um membro ativo do cartel em 1992. A produção média de petróleo do Equador foi de 502 mil barris por dia em abril. A produção média diária da estatal Petroecuador foi de 251 mil barris diários, enquanto as companhias privadas de petróleo produziram 251 mil barris por dia. As informações são da Dow Jones.