ABC - terça-feira , 30 de abril de 2024

Pereira: houve falta de comando no acidente da Gol

O ex-presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), healing brigadeiro José Carlos Pereira, viagra afirmou hoje que houve falta de comando durante o acidente com o Boeing da Gol, em 29 de setembro do ano passado, que deixou 154 mortos. “Nitidamente houve falta de comando. O caos que se estabeleceu cinco minutos depois do acidente foi falta de chefia e liderança”, afirmou. “Nós estávamos perdidos. Eu não sabia o que a Aeronáutica estava fazendo”. Você não sabe o que é o trauma de um acidente aéreo”, acrescentou, durante depoimento na CPI do Apagão Aéreo do Senado.

Por várias vezes ele criticou a falta de um plano aeroviário para o País. Segundo o brigadeiro, já se “levantou o tapete do tráfego aéreo e da infra-estrutura aeroportuária, mas falta levantar o das companhias aéreas”, afirmou. Para o ex-presidente da estatal os acidentes aéreos continuarão ocorrendo, mas não podem se repetir pelo mesmo erro. Ele disse que no caso da Gol não pode fazer nada porque não tinha autoridade sobre o tráfego aéreo e que a sua posição era de administração aeroportuária.

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José Carlos Pereira disse também que não teve acesso ao motim que ocorreu nos quartéis com os controladores de vôo. Segundo ele, o assunto foi tratado de forma reservada pelo Comando da Aeronáutica. Já no acidente deste ano com o Airbus da TAM, no dia 17 de julho, o brigadeiro afirmou que todas as medidas que poderia ter tomado antecipadamente, ele tomou. O brigadeiro lembrou que por várias vezes a Infraero interrompeu vôos no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, desviando para outros aeroportos em função das más condições nas pistas. Mas disse que no dia do acidente, a pista em Congonhas estava em perfeita condição de uso.

Irregularidades

O ex-presidente da Infraero tem sido bastante pressionado pelos senadores a explicar por que não adotou medidas preventivas nos aeroportos e para conter as denúncias de irregularidades e superfaturamento em licitações na Infraero. Por várias vezes ele justificou que se considerava um presidente transitório. “Não me sinto culpado de nenhuma safadeza ou corrupção, etc, etc, que possa ter ocorrido na Infraero”, disse.

Ele confirmou, no entanto, que ao assumir a presidência da empresa recebeu um relatório com diversas irregularidades apontadas por órgãos de controladoria. Segundo o brigadeiro, são mais de mil irregularidades. Ele evitou, no entanto, afirmar que há um crime organizado dentro da empresa. “Não posso afirmar que há algo organizado, mas é muita coisa ao mesmo tempo”, disse.

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