O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou nesta sexta-feira (10/12) a retomada do julgamento do Caso Auricchio na próxima quinta-feira (16/12). Segundo o site da
Corte Eleitoral o prosseguimento da análise do processo vai ser em sessão de regime híbrido, durante no máximo duas horas. O ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) conta com dois votos favoráveis para tomar posse para o mandato que vai até 2024.
Os processos sobre o futuro político de São Caetano são o quinto e o sexto itens da pauta que conta com seis processos em análise. A quinta pauta da ordem do dia é referente ao recurso especial da defesa do tucano que tenta reverter sua situação inelegibilidade em decorrência das doações ilegais aferidas nas eleições de 2016.
A segunda pauta é a tentativa do segundo colocado das eleições, Fabio Palacio (PSD), em tomar posse sem que seja necessária uma eleição suplementar. A tentativa de Palacio é vista nos bastidores como a que tem menos força de acontecer. A oposição acredita na possibilidade de um novo pleito em 2022. Os governistas, obviamente, acreditam na posse imediata de Auricchio.
O ex-prefeito precisa do apoio de dois dos cinco ministros que ainda não votaram para ser empossado antes mesmo do Natal. Caso quatro se posicionem pela teoria de Palacio, o oposicionista tomaria posse imediatamente. Ou em caso de maioria por nova eleição, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) será avisado do resultado e terá 90 dias para convocar um novo pleito, ou seja, uma nova eleição aconteceria até o mês de março de 2022.
José Auricchio Júnior passou as últimas semanas em Brasília para tentar reverter a situação. O trabalho ganhou complicações com o pedido de vistas feito pelo Ministro Luís Roberto Barroso, o mesmo que em outro recurso sobre as doações irregulares votou contra o ex-líder do Palácio da Cerâmica, o que deu a entender que dificilmente o atual presidente o TSE seguirá o relatório feito pelo relator do caso, o agora ex-ministro do TSE, Luís Felipe Salomão.