O plano de saúde dos servidores de São Caetano, à cargo da Medical Health, foi multado pela prefeitura em R$ 2.231.876,64 pelo descumprimento do contrato. Segundo nota divulgada pela prefeitura no final da tarde desta quinta-feira (09/12) a empresa não terá o contrato renovado em abril próximo e ainda ficará impedida de contratar com o município pelo período de dois anos. Os problemas com servidores públicos cobertos pela Medical não são novos e atingem também funcionários da prefeitura de Mauá.
“Embora a prefeitura esteja em dia com os pagamentos, o convênio médico não vem correspondendo às obrigações contratuais. Os sucessivos descredenciamentos de laboratórios e hospitais têm prejudicado os 8.526 beneficiários, entre servidores e dependentes. O contrato, que vencerá em abril de 2022, não será renovado. A prefeitura busca alternativas de atendimento aos servidores”, informou a administração sancaetanense em nota.
Para não deixar o funcionalismo de São Caetano sem atendimento o prefeito interino, Tite Campanella, (Cidadania), anunciou na quarta-feira (08/12) a criação de um ambulatório médico específico, em substituição ao contrato com a Medical Health. Segundo Tite, o problema ocorra em decorrência do baixo preço oferecido nas licitações. “Esse é um problema recorrente, a empresa acaba oferecendo o menor preço, mas não tem dinheiro para custear a cadeia de atendimento, pois é caro um contrato com um hospital, é caro um contrato com um laboratório. Então no final das contas acabam vendo que não conseguem bancar o que está em contrato”, explicou. Atualmente são pagos cerca de R$ 1 milhão mensais para o atendimento de 9,5 mil vidas, porém, a série de reclamações que geraram uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) acabaram gerando o processo de substituição para um local específico para o funcionalismo. A prefeitura procura ainda um local para instalar esse ambulatório.
No último dia 03/12 o RD também relatou a situação de uma servidora de Mauá que não conseguia agendar consultas porque clínicas na cidade e em outros municípios foram descredenciadas deixando de atender aos servidores. A prefeitura de Mauá informou que, após duas notificações a empresa foi advertida e a administração municipal já abriu licitação para avaliar propostas de empresas interessadas em prestar o atendimento aos servidores. A prefeitura mauaense também disse que os pagamentos à empresa estão em dia.
O RD procurou a Medical Health na tarde desta quinta-feira (09/12) em busca de um posicionamento, mas a empresa ainda não se pronunciou. O espaço está aberto, assim que a empresa de manifestar a matéria será atualizada.