A covid-19 não prejudicou apenas a saúde da população, mas agravou a crise econômica no Brasil. Após 14 meses desde o primeiro caso, empreendedores e empresários buscam novidades para conseguir retomar economicamente. O diretor superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit, relatou ao programa RD Momento Econômico, nesta quarta-feira (14/4), que acredita em uma retomada econômica a partir do segundo semestre, principalmente com o aumento das imunizações.
Poit está otimista para o segundo semestre e atribui o cenário. “O Sebrae é um observatório, escutamos histórias o dia todo, é emocionante, pois, é um momento muito difícil. Eu já passei por muitas crises bravas nas várias empresas que eu toquei, mas esse é um momento com uma crise de saúde inédita e para um momento inédito precisamos de soluções e inovações também inéditas”, afirma.
O dirigente considera que esse momento em que maioria dos consumidores está em casa, em respeito às medidas protetivas, é ideal que os empreendedores consigam realizar cursos dos mais diversos para atualizar os negócios para essa situação que necessita de mecanismos de entrega diferentes das habituais vendas presenciais.
O próprio Sebrae-SP abriu diversos cursos com mais de 23 mil vagas para conseguir atualizar o caminho para quem quer manter o negócio, a maior parte de forma gratuita, além da organização de outros meios de comunicação, incentivo à troca de contatos e mesmo a abertura de linhas de crédito.
“É necessário que o empresário, o empreendedor converse com outros empresários, conversem com os seus clientes para conseguir emplacar essas mudanças, entender o que o mercado quer para esse momento, o que pode ser bom para a retomada”, afirma.
Wilson Poit alerta que são necessários movimentos do poder público, como a abertura de crédito, mudanças tributárias e ajudas, como o auxílio emergencial que podem facilitar a volta do consumo. Mas reforça que a retomada econômica seguirá atrelada à aceleração da imunização por todo o País.
Segundo especialistas e autoridades sanitárias, a expectativa é que o Brasil consiga acelerar a vacinação exatamente no segundo semestre, quando uma série de contratos já assinados começarão a ser cumpridos, como com a Moderna, Pfizer e Janssen. A expectativa é que até o fim do ano o Brasil tenha vacinado toda a população adulta. São mais de 500 milhões de doses compradas, mais do que o necessário para imunizar toda a população.