Após a queda de 4,5% na indústria em 2020, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor iniciou um processo de negociação com o governo federal para tentar abertura de créditos para retomada econômica. Ao RDtv o candidato a presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rafael Cervone, revelou qual é a estratégia adotada para chegar a tal objetivo.
O executivo, que participou de uma reunião com o Ministério da Economia, relatou que existe processo de negociação para buscar valores que possam ser investidos no aumento da produção industrial, a exemplo do que já foi feito nos Estados Unidos, onde houve desembolso de um pacote econômico de US$ 1,9 trilhão.
Cervone ressalta que o setor precisa, ainda em abril, de ação para retomada da linha de crédito com bancos e cooperativas com valores razoáveis. “Nós estamos com uma taxa de juros da Selic de 2,75%, então não adianta querer fazer juros altíssimos como aconteceu no ano passado e que no final se resolveu. Vamos precisar prorrogar pagamento de impostos, também”, afirma.
O presidenciável aponta que o País não pode mais seguir o caminho do aumento de impostos como ocorreu neste ano em São Paulo com a alta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para vários setores, o que desagradou o Ciesp e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A busca destas linhas de crédito é uma das pautas colocadas por Rafael no plano de governo. Atual vice-presidente das duas entidades, o empresário quer implantar um ritmo de trabalho baseado no que chama de “5G”: Gente; Gestão; Governança com Responsabilidade Social e Ambiental; Globalização; e Gosto pela Mudança.
A ideia é formalizar ainda mais o debate interno e evitar problemas de ideias debatidas pela imprensa, que considera constrangedor internamente. A eleição ocorre em 5 de julho, até lá Cervone espera que a vacinação contra a covid-19 esteja mais avançada.
Sobre o assunto, Rafael relata não ter confiança em projetos que permitem empresas privadas comprarem imunizantes sejam realmente praticados. O empresário também comentou conversas que teve com presidentes dos principais laboratórios e a intenção de vender apenas para governos é unânime. Outra preocupação é que tal situação possa criar problemas com o Plano Nacional de Imunização (PNI), que leva em conta as prioridades com o maior risco de morte caso sejam infectadas.