Apesar de não ser o partido que comandará mais prefeituras (MDB tem o maior número), o PSDB será aquele que terá a maior população e o maior PIB (Produto Interno Bruto) municipal a partir de 1º de janeiro. Ao RDtv nesta segunda-feira (30/11) o prefeito reeleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), considera que a legenda cresceu, mas sem uma onda partidária.
“Nós tivemos o momento mais difícil em 2016. Em 2018 também não teve uma grande performance, viu suas bancadas estadual e federal saírem diminuídas, e agora em 2020 que primeiro confirmou São Paulo, o que é muito importante, e reconquistou o Brasil”, disse o chefe do Executivo são-bernardense.
No total os tucanos comandarão pelos próximos 4 anos 520 cidades que somam 36 milhões de habitantes (16,2%). Foram 417 vice-prefeitos e 4.377 vereadores eleitos. Na soma o PIB é de R$ 1,3 trilhão. Em São Paulo são 178 prefeitos, entre elas, a Capital, Santo André e São Bernardo (e caso seja revertida a questão jurídica, São Caetano). Somando 50% da população paulista.
Diferente da onda Doria ou onda azul, Orlando considera que a eleição municipal deste ano foi tomada por uma “onda dos bons prefeitos e dos maus prefeitos”. “O pessoal votou muito na segurança, independente do partido. Não teve aquela questão da eleição dos ‘outsiders’, foi a eleição dos políticos”, explicou.
Sobre os “derrotados”, Morando vislumbra um enfraquecimento do PT, e a queda da extrema-direita e extrema-esquerda. “Veja na Capital, o voto no Bruno Covas e a derrota do Guilherme Boulos, foi uma derrota da extrema-esquerda, mas o principal derrotado sem dúvidas foi o PT que não conquistou nenhuma capital”.
Apesar das diferenças, o prefeito de São Bernardo fez questão de conversar com os prefeitos eleitos em Diadema, José de Filippi Jr., e de Mauá, Marcelo Oliveira (ambos do PT). O tucano considera que será o momento de união dos prefeitos na região para tentar resolver o maior número de problemas possíveis.
Covid-19
Sobre o rebaixamento de classificação de todo o estado no Plano São Paulo da fase verde para a fase amarela, Orlando Morando afirmou que reconhece que o problema se agravou acima do esperado. No início do mês a ocupação de leitos em São Bernardo estava na casa dos 38% e chegou aos 73% nesta segunda-feira (30/11). Parte desta ocupação ocorreu pelo recebimento de pacientes oriundos de Diadema, cidade que está entre as 62 consideradas como “estado de atenção” pelo comando do Palácio dos Bandeirantes.
O chefe do Executivo prevê que as ações do Governo do Estado são adequadas para o momento, pois podem reduzir a contaminação sem prejudicar o comércio, mas considera que a sociedade deve atuar de maneira mais firme nas medidas protetivas para que o vírus não se espalhe novamente.