Com a quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) os postos de combustíveis da região já acumulam uma série de prejuízos. Segundo o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR) a queda no movimento destes estabelecimentos foi de 70% e os donos dos postos enfrentam o desafio de manter os funcionários e o pagamento de outras despesas sem fechar as portas. Por conta de decretos municipais, os postos da região só podem abrir das 7h às 19hs de segunda a sábado, sendo que no domingo o horário é livre. Antes da quarentena podiam funcionar entre as 6h e 22 hs.
O presidente do sindicato, Wagner de Souza, disse que a situação para os donos de postos é desesperadora. “Não podemos reduzir salário, estamos trabalhando menos horas, os encargos são os mesmos e não está vendendo nada. O combustível baixou, eu nem comprei no preço novo ainda e mesmo assim baixei meu preço para ver se consigo vender o que tenho nos tanques, mas não tem ninguém na rua. Como vamos pagar as contas? Não queremos desempregar ninguém, por isso o setor está negociando com os governos ao menos a isenção dos encargos por dois meses”, sustenta.
Uma das opções que são propostas ao governo federal pelo setor e a suspensão temporária da cobrança do INSS, não dos funcionários, mas do que as empresas pagam sobre a folha. “Um posto de gasolina paga em média R$ 10 mil por mês, que é resultado dos 29% que se paga sobre a folha. O que a gente quer é dividir a conta com o governo”, diz Souza. Outra opção seria a redução da jornada dos trabalhadores para 6 horas ou escala de 12 por 36 horas.
Segundo o presidente do Regran não está faltando combustível para carros, como já falta gás de cozinha nos revendedores. Em toda a região são cerca de 400 postos de combustível.