Devido a tragédia ocorrida com o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), na semana passada, os prefeitos de São Bernardo, Orlando Morando, e de Cubatão, Ademário Oliveira (ambos do PSDB), visitaram a barragem do Rio das Pedras, na divisa entre os dois municípios para realizar uma avaliação preliminar do local, nesta quarta-feira (30). Ambos vão pedir para que a EMAE (Empresa Metropolitana de Água e Energia) para realizem fiscalizações periódicas no local.
Acompanhados de integrantes da Defesa Civil de São Bernardo, foi feita uma vistoria inicial no local. Apesar de em alguns pontos da barragem apresentar vazamento, a princípio não foi verificado qualquer tipo de situação preocupante para os dois municípios. Apesar disso, os dois prefeitos querem uma maior fiscalização no local, algo que ocorreu na última vez há seis meses.
“Fomos chamados pela EMAE para verificar uma grande vegetação que estava aqui. Fizemos a verificação e foi tirada essa vegetação que estava atrapalhando, mas nada de diferente foi encontrado. Tudo está normal por aqui”, explicou o chefe de divisão da Defesa Civil são-bernardense, Marcos Cayres.
Apesar de não encontrarem anomalias no local, os dois prefeitos resolveram emitir um ofício para a autarquia estadual que tal verificação fosse realizada, pelo menos, a cada seis meses. “Temos que ter todos os cuidados, algo natural depois do que ocorreu em Brumadinho. Caso houvesse algo nesta barragem, Cubatão seria inundada, então temos que ter cuidado”, afirmou Oliveira.
“Claro que fazer isso logo depois de uma tragédia parece estranho, mas temos que fazer a nossa parte. Temos que fazer essa verificação, isso tem que ser feito por mais vezes. Muitos não conhecem essa barragem, eu mesmo fui alertado pela (deputada estadual eleita) Carla Morando e aí liguei para o Ademário para fazer essa visita”, disse Morando.
A barragem do Rio das Pedras faz parte do sistema Rio Grande que acaba desaguando na Bacia do Rio Cubatão. Com 37 metros de altura e 173 metros de comprimento de crista, o local construído entre 1926 e 1928 comporta 30 milhões m³. Caso ocorresse o mesmo que ocorreu em Brumadinho, além de Cubatão ficar debaixo d’água, as cidades abastecidas pela represa Billings ficariam desabastecidas.