Seis dias após a aprovação da saída de Rio Grande da Serra do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o prefeito de São Bernardo e presidente da entidade regional, Orlando Morando (PSDB), opinou sobre o assunto. Após a reunião desta terça-feira (6), o tucano afirmou que a atitude de Gabriel Maranhão (sem partido) foi “isolada” e que o Consórcio é uma maneira de manter a regionalidade.
O assunto não foi pauta da Assembleia de Prefeitos, porém Morando comentou sobre o pedido que considera como “ato isolado”. “Essas decisões de isolamento regional são individuais, não nos compete. Vamos continuar defendendo a regionalidade, que é uma prerrogativa que nós sempre defendemos e entendemos que é válida”.
Até o momento o prefeito Gabriel Maranhão (que não participou da Assembleia desta terça) não oficializou a sua movimentação junto a entidade regional. Em entrevista ao jornal Diário Regional, divulgada nesta terça, o chefe do Executivo afirmou que não pretende deixar a entidade e que também defende a regionalidade.
A saída de Rio Grande da Serra era cogitada há um mês. O ato era articulado em conjunto com o prefeito licenciado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), porém com a prisão do socialista, a proposta foi engavetada até ser retomada na semana passada.
Tal atitude causou surpresa na política regional, pois Rio Grande foi o município que mais foi beneficiado com atos que ocorreram em conjunto com o Consórcio, principalmente em torno de obras de mobilidade, recebendo R$ 41 milhões do Governo Federal através do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). O fator levou Maranhão a apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT), em 2014, mesmo filiado ao PSDB.
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O Consórcio anunciou a intenção de realizar uma licitação para a compra de um helicóptero que vai servir as Guardas Civis Municipais (GCMs) dos entes consorciados. A estimativa é que o equipamento que será usado para policiamento aéreo e para deslocamento de pacientes para hospitais como o Mário Covas, em Santo André, e o Hospital de Clínicas de São Bernardo, onere a região em R$ 300 mil. Ainda se espera o aval do Governo do Estado para seguir com a pauta. A data limite para o lançamento do edital é 6 de julho.
Também a espera de decisão do Palácio dos Bandeirantes, a entidade regional articula a renovação do programa de bolsa aluguel, medida para famílias que são removidas de áreas de risco. Segundo os dados da entidade regional cerca de 400 famílias estão em condições para receber o benefício.
Sobre Turim, o GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade Urbana corre contra o tempo para formatar o projeto para o Centro Operacional que pretende monitorar o trânsito da região. O Consórcio tem até setembro para formatar a proposta que será apresentada no dia 11 de outubro, em reunião da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica). A expectativa é conseguir R$ 30 milhões para a realização da obra e implantação da tecnologia.