Moradores da rua Suriname, no Parque das Américas, em Mauá, sofrem com a falta de água há pelo menos um mês. Alguns reclamam que o problema de abastecimento, desde agosto, faz com que os moradores acordem no meio da madrugada para conseguir aproveitar o “fio” de água que recebem nas caixas.
Uma das prejudicadas é a dona de casa, Maria Idelvis Silva Lima, de 60 anos, que tem que colecionar baldes de água no quintal de casa para que a família consiga tomar banho, lavar louça e fazer outras atividades domésticas. “Temos que acordar 4h30 para conseguir aproveitar o fiozinho de água que recebemos e o que chega não dá nem pra lavar roupa. Banho só de canequinha”, reclama.
Maria do Carmo Barbosa Bernardino, moradora do bairro há 30 anos, diz que nunca ficou tanto tempo sem água como agora. Segundo ela, a SAMA (Saneamento Básico do Município de Mauá), responsável pelo abastecimento, informou que não consta falta de água na rua, e que o problema deve ser “por conta de a rua estar localizada em um ponto alto da cidade”, diz a moradora.
A reclamante diz ainda que possui um vizinho com mobilidade reduzida que se machucou ao tentar buscar água fora de casa. “Chegou a ferir o braço para tentar pegar ao menos um pouco de água, é uma vergonha”, diz.
Procurada pela equipe do RD, a SAMA informou por meio de nota que não foi identificado nenhum problema de abastecimento na rua Suriname. A rua é abastecida normalmente no período da noite, e a duração depende do consumo de cada residência. Segundo a Autarquia, pode estar acontecendo algum tipo de problema pontual na casa, como defeito no cavalete. Nesse caso, o munícipe só precisa ligar no Serviço de Atendimento ao Cliente (0800 771 0001) e comunicar a falta de água. O atendimento abre uma ordem de serviço solicitando a visita de uma equipe técnica ao local para averiguação e passa um número de protocolo. No entanto, de 01/08 até esta sexta (15/9) não foi identificada no sistema nenhuma ordem de serviço de falta d’água ou baixão pressão.