Depois de uma nova rodada fracassada de negociações, os trabalhadores ferroviários de quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram entrar em greve a partir da 0h desta quarta-feira (3/6). A paralisação afetará as linhas 10-Turquesa, que atende os moradores do ABC, 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí), 11-Coral (Luz-Guaianazes-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana). A estimativa é de que 3 milhões de usuários serão afetados diretamente.
A categoria pede reajuste de 9,29% (INPC-IBGE mais 1,5% de aumento real) e igualdade dos benefícios com metroviários (vale alimentação, vale refeição e auxilio materno-infantil).
Na reunião de conciliação, realizada na Sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a CPTM fez duas contra-propostas. Uma era reajustar os salários com base no IPC Fipe do período, mais 1%, totalizando 7,72% de reajuste salarial e 10% nos benefícios vale alimentação, tíquete refeição e auxílio materno. A segunda proposta mantinha o IPC Fipe do período, mais 1,5%, o que totalizava 8,25% de reajuste salarial e sobre todos os benefícios.
Segundo o sindicato, a categoria não aceitou a proposta da CPTM, mas estava disposta a aceitar a sugestão do TRT de reajuste de 8,50% sobre os salários e demais benefícios para chegar a um acordo. Mas desta vez, quem recusou foi a empresa de transporte público.
Assembleia
Durante assembleia realizada no início da noite desta terça-feira, além de decidirem pela paralisação, os ferroviários acertaram de realizar outra reunião, às 14h desta quarta-feira (3), para definirem os rumos do movimento.
Em nota enviada à imprensa, a CPTM classificou a decisão de “irresponsável” e disse que “a greve vai contra a recomendação da Justiça de continuar as negociações sem paralisação dos serviços até o próximo dia 11 de junho, quando haverá nova reunião no TRT”.