
Trabalhadores do transporte coletivo urbano realizaram nova assembleia nesta quarta-feira (04/06), às 16h, em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do ABC (Sintetra), em Santo André. Mais uma vez, a categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial apresentada pelas empresas.
A oferta patronal previa aumento de 6% nos salários e de 7% nos benefícios, como vale-alimentação e participação nos lucros. Após a assembleia, os manifestantes seguiram em caminhada até o terminal de ônibus da cidade. Também marcaram protesto nesta quinta-feira (5), em São Bernardo; e nova assembleia na sexta-feira (6), às 16h.
Entenda
Na semana anterior, no dia 27 de maio, duas assembleias já haviam sido realizadas — às 9h e às 16h — com nova rejeição por parte dos trabalhadores. À época, a proposta das empresas previa apenas a reposição da inflação medida pelo INPC, de 5,32%. Com isso, o salário do motorista de ônibus convencional, por exemplo, passaria de R$ 4.236,68 para R$ 4.462,07 — um aumento de R$ 225,39.

Para motoristas de midibus, o reajuste seria de R$ 198,55; para motoristas de van e cobradores, de R$ 130,12. O vale-alimentação subiria de R$ 856,10 para R$ 901,64. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também teria reajuste de 5,32%, paga em duas parcelas.
A categoria, no entanto, reivindica reajuste acima da inflação: além dos 5,32% de reposição, exige aumento real de 8%. Segundo o presidente do Sintetra, Leandro Mendes da Silva, a proposta patronal foi avaliada com responsabilidade, mas considerada insuficiente. “Ela não atende às expectativas da categoria, sobretudo diante do aumento no custo de vida, dos preços dos alimentos e combustíveis, e das pressões diárias enfrentadas por motoristas e cobradores”, afirma.