O ABC conheceu neste domingo (06/10), os novos 150 vereadores eleitos na soma das sete cidades. Se em 2020 (ainda com 142 cadeiras) o destaque foi o PSDB, desta vez o PL acabou com a maior bancada individual com 17 nomes. Entre as federações, a Federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB) conquistou 20 cadeiras, assim formando a maior bancada da região. O tucanato que acabou reduzido e perdeu 20 cadeiras no comparativo entre as eleições municipais.
O Partido Liberal conquistou oito cadeiras a mais do que no comparativo com 2020. A legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro não terá representantes em Diadema e Rio Grande da Serra. Nas duas cidades em que elegeu prefeitos, Ribeirão Pires (Guto Volpi) e São Caetano (Tite Campanella), o partido contará com a maior bancada, com cinco nomes em cada cidade.
Outro destaque é o MDB. A legenda que passou em branco há quatro anos, desta vez conquistou oito cadeiras na região, sendo duas em Diadema, duas em Mauá, duas em Santo André, uma em Ribeirão Pires e uma em Mauá. O partido também está no segundo turno em Diadema com Taka Yamauchi.
Entre as federações o destaque ficou para a Federação Brasil da Esperança formada por PT, PV e PCdoB. O grupo conquistou 20 cadeiras, assim formando a maior bancada da região. Em duas cidades a soma destes partidos contam com a maior bancada. Em Diadema, sete cadeiras serão ocupadas por esta federação e em Mauá serão quatro. O PT é responsável por 16 vereadores eleitos, dois a mais que em 2020. O PV manteve suas três cadeiras e o PCdoB com representante em Rio Grande da Serra. O grupo ainda conta com dois nomes na disputa para prefeito: José de Filippi Jr. (Diadema) e Marcelo Oliveira (Mauá).
Ainda sobre as federações, o PSOL/Rede conquistaram três cadeiras. O PSOL conseguiu reeleger seus dos vereadores, Bruna Biondi (São Caetano) e Ricardo Alvarez (Santo André). E a Rede Sustentabilidade terá Wagner Rubinelli (Mauá) como representante.
No caso da Federação PSDB/Cidadania houve uma redução em quatro anos. Em 2020 (antes da regra das federações), os dois partidos somavam 36 cadeiras, e em 2024 conquistaram 14. Só o PSDB perdeu 20 vereadores no comparativo (não levando em conta a redução que ocorreu durante a janela eleitoral). O cenário positivo ficou em Santo André, local em que elegeu o prefeito, Gilvan Júnior, e terá a maior bancada da Câmara com seis nomes.
Disputa pelas Prefeitura influenciaram na eleição das bancadas
A eleição dos prefeitos acabou influenciando na formação das bancadas nas Câmaras. Nas quatro cidades que finalizaram sua eleição no primeiro turno, as maiores bancadas ficaram com os prefeitos eleitos. Em Ribeirão Pires, Guto Volpi contará com 10 vereadores eleitos em sua base de apoio, sendo cinco do PL. O PSD conta com dois representantes e PRTB, Podemos e Republicanos contam com um representante cada.
Em Rio Grande da Serra, o prefeito eleito Akira Auriani (PSB) conquistou nove das 13 cadeiras do Legislativo. Sendo três do PSB, duas do Avante, duas da Federação PSDB/Cidadania, uma do Solidariedade e outra do PSD.
Santo André passará a ter 27 vereadores em 2025, sendo que 18 eleitos na base de Gilvan Júnior (PSDB). Seis são da Federação PSDB/Cidadania, o Avante conta com três parlamentares. O MDB, o Podemos, PSD e o Solidariedade contam com duas cadeiras cada, e o PRD terá um representante.
Das 21 cadeiras da Câmara de São Caetano, 18 serão ocupadas por aliados do prefeito eleito Tite Campanella (PL). O PL conta com cinco vereadores, o PSD tem outros quatro. PP e PSB contam com três legisladores cada. O PRD conta com dois representantes e o Republicanos com um.
No caso das três cidades que ainda passarão pelo segundo turno para definir seus futuros prefeitos, em duas os atuais gestores levaram vantagem. Em Diadema, 14 dos 21 vereadores eleitos são da base de apoio de Filippi (PT), sendo sete da Federação Brasil da Esperança, três do União Brasil, dois do PSB e outros dois do PSD. Taka Yamauchi (MDB) teve cinco eleitos em sua base, sendo dois do MDB, dois do PP e um do Solidariedade.
Em Mauá, a base de apoio do prefeito Marcelo Oliveira (PT) elegeu 14 dos 23 vereadores. Sendo que quatro da Federação Brasil da Esperança. MDB, PDT, Podemos e PSB elegeram dois vereadores cada. O PSD e a Rede elegeram um vereador. No caso do ex-prefeito Atila Jacomussi (União Brasil) foram seis eleitos em sua base de apoio, sendo três do PRD, um do Avante, um do Solidariedade e um do União Brasil.
Sobre a Câmara de São Bernardo, das 28 cadeiras, 12 serão ocupadas por vereadores da base de Marcelo Lima (Podemos), sendo cinco do Podemos, três do PRTB, dois do Avante, um do Agir e um do PMB. A base de Alex Manente (Cidadania) elegeu oito parlamentares, sendo cinco da Federação PSDB/Cidadania, dois do PL e um do MDB.
Confira o tamanho das bancadas partidárias e das federações no ABC:
- Federação Brasil da Esperança com 20 vereadores, sendo 16 do PT, três do PV e um do PCdoB;
- PL com 17 vereadores eleitos;
- Federação PSDB/Cidadania com 14 vereadores eleitos, sendo oito do Cidadania e seis do PSDB;
- PSD com 13 vereadores eleitos;
- PSB e Podemos com 12 vereadores eleitos cada;
- Avante e PP com nove vereadores eleitos cada;
- MDB e União Brasil com oito vereadores cada;
- PRD com sete vereadores eleitos;
- Republicanos e Solidariedade com cinco vereadores cada;
- PRTB com quatro vereadores eleitos;
- Federação PSOL/Rede com três vereadores, sendo dois do PSOL e um da Rede Sustentabilidade;
- PSOL e PDT com dois vereadores cada;
- AGIR e PMB com um vereador cada.