
Responsável por parte importante da nossa visão, a retina é uma estrutura localizada na área interna do olho que capta as imagens e as envia ao cérebro, através do nervo óptico, para realizar o reconhecimento visual. No entanto, doenças crônicas, como diabetes ou hipertensão, a exposição excessiva aos raios ultravioleta emitidos pelo sol e o próprio envelhecimento, elevam o risco de danos à retina.
A maior conscientização sobre as doenças retinianas, principais causas de cegueira na população idosa, é reforçada em 29 de Setembro, Dia Mundial da Retina. Por vezes, os danos à retina evoluem de forma silenciosa e só são percebidos durante a consulta oftalmológica.
Alguns sintomas que podem indicar problemas na retina são: a fotopsia (flashes luminosos no campo de visão, que podem parecer relâmpagos ou raios), os floaters (sensação de ter insetos voando na frente dos olhos, também conhecida como ‘moscas-volantes), a diminuição súbita da visão ou a perda do campo visual.
O mapeamento da retina, também conhecido como exame do fundo do olho ou fundoscopia, é o principal procedimento para avaliar a saúde da retina e identificar doenças oculares. Outro exame, muito utilizado atualmente, é a tomografia de coerência óptica, que possibilita avaliar todas as camadas da retina de uma forma muito prática. Os exames são realizados com a dilatação da pupila no próprio consultório.
Uma condição séria que requer atendimento médico imediato é o deslocamento de retina, pois leva à perda permanente da visão. Geralmente é causado por uma ruptura ou buraco, e um sintoma importante é aparecer várias moscas-volantes. As causas podem ser diversas, traumatismo, miopia, retinopatia diabética, doenças inflamatórias, histórico familiar, entre outras.
Nas pessoas idosas, a doença de retina mais comum é a Degeneração Macular Relacionada à Idade, a DMRI, caracterizada pela diminuição da visão central, distorção visual e menor nitidez das cores. A DMRI acomete a mácula, responsável pela visão central, e se não for diagnosticada e tratada de forma precoce pode levar à perda visual importante.
A maioria das doenças da retina tem tratamento e pode ser curada. Em especial, na retinopatia diabética e na DMRI, muitos casos são tratados com injeções intra vítreas, com a aplicação dos medicamentos diretamente no vítreo, substância gelatinosa que preenche a parte interna do olho, para melhorar a função da retina.
Evitar o tabagismo, adotar hábitos saudáveis de vida, ter uma rotina de cuidados com as doenças crônicas e, principalmente, fazer exames oftalmológicos de forma preventiva, são medidas essenciais para prevenir possíveis danos à retina e preservar a saúde ocular. O resultado é mais qualidade de vida, mais saúde e disposição para realizar as atividades diárias.