Agosto ganha a cor laranja para alertar a população sobre a esclerose múltipla, doença autoimune que compromete o sistema nervoso central e a medula espinhal, destrói o tecido que protege os neurônios e os impede de funcionar adequadamente. Segundo o Ministério da Saúde, a esclerose múltipla atinge cerca de 3 milhões de pessoas no mundo e, no Brasil, a ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla) prevê que cerca de 40 mil brasileiros têm a doença.
As causas da doença são desconhecidas e as mulheres são as mais atingidas em razão dos hormônios, da predisposição genética para doenças autoimunes, da exposição a fatores ambientais e da deficiência em vitamina D.
Os sintomas mais comuns são a fadiga, as alterações sensoriais, o desequilíbrio, os problemas motores e os de visão. Em alguns casos, a doença se manifesta por sintomas relacionados à visão por meio de inflamações no nervo óptico. Essa condição é conhecida como neuromielite óptica e consiste em uma inflamação do nervo que envia mensagens do olho para o cérebro. O primeiro sintoma da esclerose múltipla pode ser a diminuição na capacidade de enxergara.
A inflamação altera a visão e a deixa embaçada ou turva, além de causar o aparecimento de raios e luzes na visão acompanhadas de dores com o movimento dos olhos. Esses sintomas costumam ser breves e desaparecem logo após o término de uma crise.
O diagnóstico precoce traz qualidade de vida ao paciente, reduzindo as sequelas. Por essa razão, é importante estar atento para os sinais e, ainda que a doença não tenha cura, os tratamentos em conjunto com uma equipe multidisciplinar são eficientes e ajudam no seu controle.