Em uma realidade marcada pela crescente demanda por serviços sociais, auxílio financeiros e apoio familiar na região, as mulheres assumem papel central como principais buscadoras e articuladoras desses recursos essenciais. Seja para se cadastrar no CadÚnico, buscar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) para o fortalecimento de vínculos, para proteção da família ou para acompanhamento psicológico, as mulheres são a maioria do público que procura por esses atendimentos.
Em entrevista ao RDtv, o diretor de Proteção Social Básica de Ribeirão Pires, Douglas Marthim, afirma que os serviços são buscados por todos os gêneros, mas as mulheres em situação de vulnerabilidade social se sobressaem. “É um dado histórico de que as mulheres procuram mais pelos serviços de atendimento à família, mas notamos que o público masculino também está crescendo, assim como os idosos que utilizam mais o serviço de prestação continuada e as oficinas realizadas nos CRAS”, diz.
Ribeirão Pires iniciou, recentemente, o atendimento das condicionalidades do Bolsa Família com um acompanhamento que é feito em conjunto com os ministérios da Saúde e da Educação. Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, é necessário que a família informe que é beneficiária do Bolsa Família aos gestores ou técnicos que a atenderem.
“Para manter em dia com o cumprimento das condicionalidades, as famílias devem realizar acompanhamento pré-natal, cumprir o calendário nacional de vacinação, acompanhar o peso e a altura das crianças menores de sete anos e, na área da educação, é necessário que crianças de quatro a seis anos incompletos tenham a frequência escolar mensal mínima deve ser de 60%, beneficiários de seis a 18 anos incompletos, que não tenham concluído a educação básica, a frequência escolar mínima deve ser de 75%”, reforça Marthim.
O diretor comenta ainda que ao atender as condicionalidades, a cidade aumenta a cobertura da rede de proteção socioassistencial sobre as famílias mais vulneráveis e preserva o acesso à renda. “Quando um família acaba saindo das condicionalidades, nós atuamos tentando entender o motivo pelo qual essa família teve dificuldade para acessar a educação e a saúde. Ao ouvir essas pessoas, os funcionários dos CRAS tentam criar novas estratégias de acompanhamento familiar e de acesso à saúde e educação para garantir que as pessoas continuem dentro das condicionalidades e não percam o benefício”, finaliza