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Na crescente e constante batalha de prevenção aos crimes sexuais contra mulheres, uma série de estratégias foram tomadas ao longo dos anos, mas de acordo com a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, Jacqueline Valadares, a união entre o poder público e organizações privadas nesta luta é a maneira ideal para mudar a realidade em todo Estado.
Ao RDtv, Jacqueline afirma que já existem estratégias criadas individualmente pelo Estado e por entidades privadas a fim de resguardar e proteger vítimas de crimes como importunação sexual, mas o mais assertivo seria juntar as ideias e soluções para garantir que as criminalidades sejam reduzidas. “Ao unir as iniciativas dos poderes público e privado, podemos conseguir, de maneira gradativa, oferecer um suporte melhor para as mulheres e minimizar os números de casos de crimes sexuais, que ainda são muito alarmantes”, diz.

Para discutir medidas contra importunação sexual e outras criminalidades, Jacqueline e uma série de especialistas do sistema de Justiça do Brasil, lançaram um livro que oferece profunda análise de crimes sexuais, tipos de violência, entre outros temas sensíveis e atuais, a obra “Crimes Contra Mulheres”.
“A partir de suas vivências profissionais e base em evidências, as especialistas trazem abordagem multidisciplinar e humanista, teórica e prática, sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em contextos de violência”, conta.
As autoras destacam, ainda, a importância da legislação do Estado de São Paulo para a efetiva proteção do público feminino. Um exemplo é a lei 17.621/23, que obriga bares e restaurantes, bem como casas noturnas e de eventos a adotarem medidas para auxiliar mulheres em situação de risco, em suas dependências. Jacqueline e Márcia Gomes, vice-presidente do Sindicato, trazem à luz a lei 17.635/2023, sobre a capacitação dos funcionários desses estabelecimentos, de maneira a habilitá-los a identificar e a combater o assédio sexual e a cultura de estupro praticados contra a mulher que ali trabalha ou frequenta.
A delegada destaca que em um mundo perfeito, existiriam estratégias de conscientização para mudar os números e, a partir disso, os homens passassem a entender que praticar importunação sexual ou qualquer outro crimes contra mulheres é algo errado, mas, infelizmente, não é desta maneira que funciona a sociedade. “Já que nossa realidade não é perfeita, temos que trabalhar a questão da responsabilidade criminal e, é importante que entendam que todas os crimes contra a mulher tem implicação jurídicas que podem resultar em uma pena de reclusão na grande parte dos casos”, finaliza.
O livro “Crime Contra mulheres” pode ser encontrado no link https://www.editoramizuno.com.br/livro-crimes-contra-mulheres-2024.html por R$ 88,20.
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