ABC - quarta-feira , 8 de maio de 2024

Casos de dengue caem 61%, porém redução não ocorre da mesma forma em toda região

Equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires, cidade que teve alta de casos. (Foto: Divulgação/PMETRP)

Depois de mais de quatro meses com casos de dengue subindo a cada dia, a região ainda vê os números subirem de forma significativa em cidades como Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires. Nas outras cidades, considerando os meses de março e abril, houve queda do número de casos, mas ainda não há motivos para baixar a guarda em relação aos cuidados para evitar focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, nem minimizar sintomas que possam significar que a pessoa está infectada. Em seis cidades (São Bernardo não informou o número de casos em cada mês), a queda foi de 61,3%.

Segundo o levantamento feito pelas prefeituras à pedido do RD, foram 7.589 casos positivos nas cidades de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André e São Caetano, em março. Neste mês, até o momento foram 2.934 casos confirmados.

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A maior alta de casos foi registrada em Rio Grande da Serra, foram três casos positivos em março e 71 em abril. Alta também foi significativa em Ribeirão Pires, de 40,7%, passando de 108 positivos para 152 confirmações de dengue. Lembrando que essa diferença pode ser ainda maior quando contabilizados os últimos dias de abril. A prefeitura de Rio Grande da Serra disse apenas que continua com as ações de combate ao mosquito e Ribeirão Pires diz que atua na conscientização e nas ações efetivas. “Foram realizadas palestras em escolas, unidades do CRAS, parcerias com unidades de saúde, como a USF Parque Aliança, para a realização de bloqueios no Jardim Serrano. Além disso, foram adquiridas mais 300 armadilhas In2Care, totalizando mais de 900 em toda a cidade. Ao todo, o Centro de Controle de Zoonoses realizou mutirões, Atividade de Densidade Larvária, além das visitas casa a casa e aos comércios”, informou o paço ribeirãopirense.

Diadema teve maior queda

Entre as maiores quedas está Diadema. O número de casos caiu 88,9%. Foram 1.083 casos positivos em março e 120 este mês. A cidade tem seis pessoas internadas e vai continuar com as ações de vigilância sanitária. “A Coordenadoria de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Diadema reforça que o controle do vetor do mosquito da dengue tem que ser um trabalho constante e permanente, independentemente do número de casos. É fundamental que a população também controle e combata a dengue mantendo suas residências sem focos para evitar a possibilidade de proliferação do mosquito Aedes aegypti. O combate à dengue não permite relaxamento de medidas, mesmo que haja queda de casos”, informa a administração, em nota.

Santo André também teve redução importante no número de casos positivados. Em março foram 2.386 e neste mês, até esta sexta-feira (26/04) foram 369, uma redução de 84,5%. A prefeitura comemora, ainda que de forma contida a redução, mas diz que as ações de combate ao mosquito não vão diminuir. “Temos tido diminuição de casos nas últimas semanas, porém consideramos que o combate à dengue e as demais arboviroses deve ser realizado de forma contínua”, diz nota do paço andreense.

São Caetano

Em seguida vem São Caetano com queda de 78% nos casos confirmados de dengue. Em abril a cidade tinha registrado 1.649 casos confirmados, e neste mês foram 362. A cidade tem um paciente apenas internado com a doença. “O município avalia que continuamos em nível de epidemia. Todas as ações possíveis de combate à dengue foram adotadas com visitas diárias porta a porta, nebulização, criação do tele dengue, abertura das salas ECAD (Equipe de Cuidados Avançados de Dengue) em todas as UBS, ampliação de acesso com a criação de mais um espaço de atendimento no Hospital São Caetano, entre outras ações”, destaca a prefeitura.

Mauá é a cidade com maior número de casos confirmados, mas a tendência é de queda também. A cidade teve 2.360 testes positivos para dengue em março e 1.860 em abril, queda de 21,2%. ” A procura por consultas e atendimentos diminuiu em cerca de 50% nos serviços de saúde. A expectativa é que a partir de maio as notificações se reduzam, no entanto, a prefeitura vai manter o mesmo ritmo de vistoria e busca dos criadouros”, informa a prefeitura.

São Bernardo não informou separadamente o número de casos em cada mês e sustenta que as ações vão continuar também. “Até o momento, foram diagnosticados 1.614 casos de dengue autóctones e 190 importados. Nos meses de fevereiro, março e abril, a média foi de 20 internações de casos confirmados de dengue na rede hospitalar municipal. A Secretaria de Saúde municipal segue monitorando os casos de dengue por meio do Comitê de Combate às Endemias. As equipes do Centro de Controle de Zoonoses atuam diuturnamente na prevenção, conscientização da população e combate à doença”, diz em comunicado.

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