Inadimplência cresce 9,25% no ABC

(Foto: Reprodução)

O número de inadimplentes nas cidades do ABC cresceu 9,25% em dezembro do ano passado, em relação ao mesmo mês do ano de 2022. Os números foram apurados pela CDL (Câmara dos Dirigentes Logistas) de São Caetano, com base nos dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

De acordo com o levantamento, o percentual da região ficou acima da média do Sudeste do Brasil (3,90%) e acima da média nacional (3,58%). Na passagem de novembro para dezembro, o número de devedores das sete cidades cresceu 1,47%, enquanto na região Sudeste, na mesma base de comparação, a variação foi de -0,58%.

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A pesquisa por faixa etária mostra que o número de devedores com participação mais expressiva entre os residentes do ABC em dezembro foi o da faixa de 30 a 39 anos (24,89%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,37% mulheres e 49,63% homens.

Em dezembro de 2023, cada consumidor negativado da região devia, em média, R$ 5.260,80 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 27,23% dos consumidores da região tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 39,27% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

O tempo médio de atraso dos devedores negativados residentes na região do ABC é igual a 25,6 meses, sendo que 37,99% dos devedores possuem tempo de inadimplência de 1 a 3 anos.

“Importante ressaltar que a habitualidade do índice entrega a possibilidade de que a região faça projeções acerca do hábito de pagamento do consumidor do ABC, assim, em que pese a propensão histórica de aumento de inadimplência no primeiro trimestre do ano percebemos um tendência de queda de inadimplência desde 2022”, esclarece Alexandre Damasio, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Caetano (CDL).

Evolução do número de dívidas

Em dezembro de 2023, o número de dívidas em atraso de moradores da região cresceu 15,57%, em relação a dezembro de 2022. O dado ficou acima da média da região Sudeste (8,54%) e acima da média nacional (7,89%). Na passagem de novembro para dezembro, o número de dívidas da região cresceu 1,03%. Na região Sudeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de ‐0,95%.

Também em dezembro de 2023, cada consumidor inadimplente residente no ABC tinha em média 2,131 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Sudeste (2,120 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,084 dívidas para cada pessoa inadimplente).

Segundo Damasio, a inadimplência é um efeito ruim do crédito para consumo e “se entendermos que vivemos em uma região rica, digitalizada e com boa oferta de empregos formais”, é possível afirmar que a população sofre um grande assédio de consumo e crédito. “Essa exposição de facilidades combinada com baixa educação financeira gera altos índices de inadimplência”, acrescenta.

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