O PSDB passará por um 2024 cheio de eleições. Neste mês de fevereiro haverá a escolha do novo presidente estadual da legenda e em outubro ocorre a eleição municipal. Ao RDtv desta segunda-feira (05/02), o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), apontou o caminho que o partido trilhará em seis dos sete municípios da região. Mas no caso do território andreense, apesar de reforçar que o representante do seu grupo será um tucano, o nome em si só será anunciado nos momentos finais, ou seja, quando a campanha for iniciada.
No caso de Santo André o único nome da lista de prefeituráveis com filiação no PSDB é o do vereador Pedrinho Botaro. Outros dois nomes podem migrar para a legenda, em busca da “benção” de Serra. Um é o secretário de Saúde, Gilvan Junior (Novo), e o outro é advogado Leandro Petrin (sem partido). A filiação tem que acontecer até 5 de abril.
Nas demais cidades o cenário está mais consolidado. O deputado federal Alex Manente (Cidadania) é citado como “favorito” da federação para a disputa ao comando da Prefeitura de São Bernardo. Em São Caetano, a secretária de Saúde, Regina Maura (PSDB), é nome preferido de Serra, mas com o adendo de que a escolha ficará nas mãos do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).
Em Ribeirão Pires o nome da federação é o de Gabriel Roncon (Cidadania), nome que também conta com o apoio de Manente. Em Mauá o grupo busca consolidar sua aproximação de João Fernandes, o Juiz João (PSD), e em Rio Grande da Serra Paulo Serra citou o nome de Akira Auriani (PSB) como quem é cotado para receber o apoio de PSDB e Cidadania. Diadema não foi citada pelo chefe do Executivo andreense, mas Paulo Serra nunca escondeu seu apoio ao nome de Taka Yamauchi (MDB).
Futuro
Apesar da importância da disputa nos municípios, Serra vislumbra que o partido tem o grande desafio de retomada nas eleições gerais de 2026. O PSDB passará por eleições internas no diretório estadual em fevereiro. O prefeito andreense é o gestor interino da legenda e membro da Executiva Nacional (além de coordenador da federação com o Cidadania), e considera que o partido precisa “se reconectar com as pessoas novamente”.
Para Paulo, “as pessoas deixaram de reconhecer no PSDB aquele partido de quadros que empresta esses quadros para resolver o dia a dia do Poder Público” e que por causa de uma série de erros viu suas fileiras diminuírem ao longo dos últimos anos. Quando assumiu a presidência interina do partido, Serra viu a legenda ter um pouco mais de 20 prefeitos filiados, número que representa um pouco mais de 10% dos eleitos em 2020.
“O maior desafio é passar dessa eleição de 2024, mostrar para o Brasil que nós temos gente pensando em um projeto de País. Que não é esse que está aí do Lula e que também não é o radical de direita que estava antes. Que existe vida inteligente no Centro, equilibrado, moderado, congregando aquilo que tem de bom em matéria de vida pública e melhorando a vida das pessoas para melhor”, diz o prefeito.