Celebrado nesta sexta-feira (26/01), o Dia Mundial da Educação Ambiental foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para incentivar maior conscientização sobre a necessidade de proteger o meio ambiente e formar cidadãos conscientes e críticos em relação a práticas sustentáveis. Com a educação ambiental, a população se torna mais consciente e pode cobrar do poder público mais ações e iniciativas sustentáveis.
Em entrevista ao RDtv, a coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade e do curso de Gestão Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo, Tassiane Boreli Pinato, destaca que as mudanças podem começar por algo simples, como um pedido de revitalização de uma praça. “É direito do cidadão engajar ações no local onde vive e a prefeitura deve estar aberta e em condições de acatar aos pedidos da sociedade. Então, se próximo a sua casa, existir uma praça, por exemplo, que está abandonada, sendo utilizada para razões erradas, se junte com os vizinhos e pense em maneiras de mudar o local para que seja melhor aproveitado”, diz.
Tassiane conta que o planeta se encontra em estado de ebulição global, fase de aumento acelerado das temperaturas da Terra e de intensificação das mudanças climáticas, e o investimento em educação ambiental nunca foi tão necessário. “Atualmente, consumimos 70% a mais da capacidade total de produção do planeta, ou seja, estamos consumindo quase duas Terras. A educação ambiental não é mais uma reflexão para o futuro, e sim algo que precisa ser feito de forma imediata”, orienta.
A professora acrescenta ainda que apesar de existirem diversas políticas públicas voltadas ao meio ambiente, nenhum incluí, de maneira eficiente, a população. “As comunidades pouco se envolvem na educação ambiental, justamente por não saber que existe”, explica a professora ao citar que, primeiro é necessário conscientizar a população em torno do meio ambiente, para somente depois criar projetos que serão realizados e fiscalizar aquilo que já é feito.